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Pão de Açúcar começa a sentir efeitos de sua nova política de crédito

Rede diminuiu em um mês o prazo médio de financiamento para o consumidor, e isso neutralizaria qualquer efeito de aumento da taxa Selic no ano

Casas Bahia: grupo fechou o último trimestre de 2010 com uma despesa financeira de 4,5 da venda, no limite do guidance do ano
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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2011 às 18h34.

São Paulo - Em novembro, o Pão de Açúcar anunciou mudanças na forma de parcelamento nas compras do grupo – implementadas desde outubro. No último balanço do ano, os resultados já foram sentidos. “Já diminuímos em um mês o prazo médio de financiamentos, o que neutraliza qualquer efeito de aumento da taxa Selic ao longo de 2011, por pior que ela seja”, disse Hugo Jordão Bethlem, diretor vice presidente executivo de relações corporativas do Grupo.

As mudanças foram feitas para diminuir o impacto da despesa financeira no resultado do grupo, principalmente da Globex, segundo Bethlem. No último trimestre de 2010, as despesas financeiras somaram 99 milhões de reais – o equivalente a 4,8% das vendas líquidas (sem a Nova Casas Bahia).

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Existe uma tendência na continuidade da diminuição do parcelamento sem juros e em diminuir o prazo de parcelamento no financiamento juros. E esse movimento vem sendo seguido pela concorrência, segundo o Pão de Açúcar.

"Estamos reduzindo no Ponto Frio em janeiro e fevereiro o prazo médio que era de 9,2 meses para 8,4 meses. Em Casas Bahia, de 7,8 para 7,1 também, só cartão, que é quase 60% da nossa venda. Aumentou também a venda à vista em janeiro e fevereiro, as liquidações em janeiro proporcionaram isso", disse José Roberto Coimbra Tambasco, diretor vice presidente executivo de negócios do varejo do grupo, em teleconferência realizada hoje com analistas.

"Acreditamos que conseguiremos trazer o custo do desconto de recebíveis a patamares parecidos, entre 3,5 e 4,5, acreditamos que, em 2011, vamos ficar nesses limites, mesmo na Casas Bahia", disse Padilha. O grupo fechou o último trimestre de 2010 com uma despesa financeira de 4,5 da venda, no limite do guidance do ano. A meta é ficar entre 3,0 e 3,5.

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