As 12 principais notícias do mundo de negócios em maio

Na noite do dia 26 morreu, aos 76 anos, o empresário e editor Roberto Civita , presidente do conselho de administração do Grupo Abril e um dos mais respeitados nomes da mídia. Ao longo de uma trajetória de 55 anos, Civita criou, entre outras, publicações que se tornaram referências no jornalismo brasileiro como Veja, a segunda maior revista semanal do mundo, EXAME, que se transformaria na principal publicação de negócios e economia do Brasil, e Quatro Rodas. Civita deixou um legado de defesa à democracia e liberdade de imprensa.

Uma série de modificações no comando da Viavarejo aconteceu durante maio. Primeiro, o executivo Antonio Ramatis, que havia assumido o comando da empresa em novembro, renunciou ao cargo. No mesmo dia, a empresa nomeou o diretor vice-presidente financeiro do Grupo Pão de Açúcar, Vitor Fagá, interinamente para o cargo. No dia seguinte foi a vez do VP de TI e Logística, Ney Santos, deixar o cargo por "motivos pessoais". Em seu lugar assumiu Marcelo Lopes, então diretor executivo de logística e supply chain do GPA. Antes dessas trocas, a família Klein havia anunciado, também neste mês, a pretensão de fazer uma oferta pública de ações para vender 16 % do capital da rede de lojas da empresa, dona das bandeiras Ponto Frio, Casas Bahia. A operação envolve a venda de 53,7 milhões de ações.

Em maio, o Yahoo! divulgou uma aquisição de peso: a compra do Tumblr por cerca de 1,1 bilhão de dólares. Com pagamento em dinheiro, a compra não mudará a administração do Tumblr. A rede continuará sendo tocada de forma independente, com David Karp, fundador da rede, no comando da operação.

A TAM Linhas Aéreas anunciou um novo comando. A executiva Cláudia Sender deixou a vice-presidência da unidade de negócios domésticos da empresa para assumir o cargo no lugar de Marco Antonio Bologna.Bologna segue na companhia como presidente da holding TAM S.A – cargo que ele acumulava, até então, junto à presidência da empresa de aviação desde fevereiro do ano passado.

Com presença em vários países da América do Sul, a rede de varejo chilena Falabella acordou a compra de 50,1% da brasileira Construdector. A Falabella desembolsará na operação R$ 388 milhões, dos quais R$ 319 milhões correspondem a um aumento de capital e o saldo ao pagamento pela compra de ações já existentes, disse a empresa chilena.

O BTG Pactual anunciou queda nos lucros pela primeira vez desde que o grupo abriu capital, em abril do ano passado. Os ganhos foram de 611,6 milhões de reais, diminuição de 22,1% sobre o resultado apresentado no mesmo período de 2012. A empresa atribuiu o resultado ao aumento na alíquota de impostos: algumas de suas unidades não são sujeitas à tributação brasileira. A BTG Investments, através da qual o grupo faz investimentos em outras empresas, é uma delas. A BR Properties é outra, entrando no balanço via equivalência patrimonial. Por isso, com a queda no lucro entregue por essas unidades, o banco não viu menos imposto sendo comido, como aconteceria com outras unidades. Logo, o peso das atividades tributáveis ganhou mais peso na conta final. Não por acaso, o desembolso com tributos foi de 419 milhões de reais e a alíquota de IR efetiva ficou em 41%. No primeiro trimestre de 2012, essa taxa foi de 27%.

Depois de se associar ao fundo 3G Capital para a compra da Heinz por 23 bilhões de dólares, obilionário Warren Buffett fez nesta semana outra investida bilionária. Desta vez o alvo foi a compra de 20% da IMC (International Metalworking Companies) por 2,05 bilhões de dólares. A Berkshire já era dona de 80% da fabricante israelense de ferramentas, tendo desembolsado 5 bilhões de dólares pela fatia inicial em 2006. O montante pago pela participação restante indica um aumento de 64% no valor de mercado atribuído à empresa.

A tão aguardada conclusão da fusão da gigante de commodities Glencore International com a mineradora Xstrata saiu, finalmente, nesta semana. A união formou a quarta maior companhia global de mineração, atrás apenas da Vale, BHP Billiton e Rio Tinto. A Glencore Xstrata terá valor de mercado de cerca de 76 bilhões de dólares e vai competir com Vale, BHP, Rio Tinto e Anglo American. A fusão foi concluída em seguida ao recebimento de aprovação de órgãos reguladores da União Europeia, do Reino Unido, da África do Sul e da China.