Negócios

Olimpíada fará Rio tirar atraso nos investimentos, diz construtora

Presidente da construtora Racional Engenharia, Newton Simões fala sobre oportunidades de negócios para a construção civil

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Os Jogos Olímpicos de 2016, que acontecerão no Brasil, vão tirar a cidade do Rio de Janeiro do atraso em termos de investimentos, segundo Newton Simões, presidente da construtora Racional Engenharia, em entrevista à gestora de recursos Rio Bravo. Para ele, o maior problema do Rio é a falta de alinhamento entre políticas municipais e estaduais, que acabou deixando a capital carente de investimentos nos últimos 30 anos.

"A perspectiva da Olimpíada trará investimentos oportunos e atratividade de empresários para tudo que envolver infraestrutura, área que possui um déficit muito grande hoje", afirmou Simões.

Além do papel do governo em relação ao aprimoramento dos serviços da cidade, na visão do executivo, o evento esportivo representa uma segunda garantia para que tais investimentos possam acontecer de fato.

"O processo será tremendamente dinâmico e virtuoso para o Rio de Janeiro, que vem sofrendo há muito anos com a falta de políticas alinhadas", disse Simões.

O otimismo do presidente da Racional Engenharia é calcado no bom desempenho do Brasil durante a crise econômica global. "A economia atual está pronta para ter um ciclo mais estendido de crescimento", disse ele.

A construtora, fundada há 39 anos, atua, além da engenharia, em outros dois segmentos: gerenciamento de projetos e aplicação de capital próprio em investimentos imobiliários, como construção sob medida (build to suit) ou concessões públicas.

A companhia fez um centro de convenções no Rio, em 2007, para fazer parte das obras necessárias para os Jogos Panamericanos. Não por acaso, a companhia também pretende buscar negócios junto ao setor público para as Olimpíadas.

Sustentabilidade

Além dos jogos de 2016, outro tema que tem tido bastante repercussão nos últimos dias é referente à sustentabilidade. Com a proximidade da reunião de Copenhague e a provável candidatura da Senadora Marina Silva à Presidência, o assunto está em alta.

Na opinião de Newton Simões, a sustentabilidade ainda tem um aspecto mais oportunista e mercadológico do que consciente e responsável. No entanto, para o executivo, com o passar do tempo, o tema migrará de uma visão técnica para uma visão moral. "Quem não incorporar a sustentabilidade dentro do modo de fazer negócios vai ficar fora do jogo", disse Simões.
 

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Negócios

Para se recuperar, empresas do maior hub de inovação do RS precisam de R$ 155 milhões em empréstimos

Investida do homem mais rico da Europa, startup faz sucesso usando IA para evitar furtos no Brasil

Riverwood Capital investe R$ 126 mi e quer levar startup mineira de gestão de contratos ao mundo

Oxxo por delivery: rede de "mercadinhos de bairro" anuncia parceria com o Rappi

Mais na Exame