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Oi está focada no plano de recuperação e na receita, diz companhia

Executivos estão focados em melhorar os números operacionais da operadora e em concluir a troca de dívida por ações

Oi: operadora não está focada em ser adquirida no curto prazo, disse executivo da companhia (Nacho Doce/Reuters)
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Reuters

Publicado em 13 de abril de 2018 às 10h02.

São Paulo - A Oi não está focada em ser adquirida no curto prazo, disse um importante executivo da companhia na quinta-feira, em uma aparente mudança de tom para a maior operadora de telefonia fixa do país.

Em entrevista por telefone em paralelo à divulgação dos resultados do quarto trimestre, o diretor financeiro da Oi, Carlos Brandão, disse que os executivos estão focados em melhorar os números operacionais da operadora e em concluir a troca de dívida por ações que formalmente retirará a companhia da recuperação judicial.

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"Nós acreditamos que no médio prazo (a consolidação) é a uma tendência, mas no curto prazo estamos completamente focados em dois aspectos: a implementação do plano (de recuperação), a conversão de dívida em ações, e o aumento de capital, bem como a reversão da tendência de receita", disse Brandão.

"A questão de fusões e aquisições, nós não achamos que seja uma questão no curtíssimo prazo e, basicamente, não é uma questão que esteja sendo priorizada na agenda executiva."

Em dezembro, os credores da Oi aprovaram a troca de dívida por ações para retirar a companhia da recuperação judicial, após uma confusa disputa de 18 meses entre detendores de bônus e acionistas.

Na ocasião, o presidente-executivo da operadora, Eurico Teles, disse que a companhia estava à venda e que os executivos estavam prontos para receber investidores internacionais.

Os resultados do quarto trimestre mostraram prejuízo líquido consolidado de 3,916 bilhões de reais, ante prejuízo de 4,808 bilhões de reais no último trimestre de 2016 e lucro de 502 milhões de reais no terceiro trimestre de 2017. No ano de 2017, o prejuízo líquido foi de 6,656 bilhões de reais, queda de 18,9 por cento ante prejuízo de 8,206 bilhões de reais em 2016.

A geração de caixa medida pelo lucro ante de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de rotina foi 1,299 bilhão de reais, queda de 26,1 por cento ante o quarto trimestre do ano anterior.

Na entrevista, Brandão atribuiu parte do desempenho fraco na comparação trimestral aos ajustes de preço durante o período e aos pacotes de compensação variáveis.

Brandão afirmou ainda que a Oi está tentando formalmente concluir a troca de dívida por ações em junho, antes do prazo oficial de 31 de julho. Ele disse que a companhia espera finalizar o aumento de capital detalhado no plano de recuperação no quarto trimestre.

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