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O colapso da PDG

Após meses lutando contra o que para especialistas era tido como inevitável, a construtora PDG entrou com seu pedido de recuperação judicial. A companhia, afundada em dívidas que totalizam 7,6 bilhões de reais, chegou a ser a maior do país no período auge das construtoras, em 2010, com valor de mercado de 12 bilhões de […]

VALOR DE MERCADO DA PDG: companhia que chegou a valer 12 bilhões de reais entrou com pedido de recuperação judicial / EXAME Hoje
DR

Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2017 às 18h55.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h38.

Após meses lutando contra o que para especialistas era tido como inevitável, a construtora PDG entrou com seu pedido de recuperação judicial. A companhia, afundada em dívidas que totalizam 7,6 bilhões de reais, chegou a ser a maior do país no período auge das construtoras, em 2010, com valor de mercado de 12 bilhões de reais e 9 bilhões de reais em vendas.

A derrocada da PDG é reflexo de um segmento que teve um crescimento desenfreado e foi atingido em cheio pela crise econômica. Em 2016, o crédito para aquisição e construção de imóveis caiu 38% e totalizou 46,6 bilhões de reais – no pico, em 2014, foram 113 bilhões de reais em financiamentos. Os distratos das maiores empresas do setor totalizaram 20 bilhões de reais nos últimos três anos, segundo estimativas do banco BTG Pactual.

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Criada por ex-sócios do Banco Pactual, a PDG se tornou a maior do setor em 2010 ao comprar a Agre, empresa do investidor Enrique Bañuelos que, por sua vez, havia incorporado Abyara, Agra e Klabin Segall.
A PDG bem que tentou evitar o pedido de recuperação. Em agosto de 2015 iniciou um processo de reestruturação de dívidas e no ano passado fechou um acordo com seus principais credores – os bancos Bradesco, Itaú, Caixa, Banco do Brasil e Votorantim – para prorrogar pagamentos de juros e amortização da dívida. Mas não teve acordo.

Segundo documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários, o conselho de administração da companhia concluiu que a recuperação judicial é a “medida mais adequada” para manter a normalidade operacional de suas atividades e suas controladas e proteger o caixa.

Em setembro, a Viver entrou com pedido de recuperação judicial de 1,2 bilhão de reais. A iniciativa também é aventada no mercado como solução para a Rossi. Após 15 anos de gestão independente, a família Rossi voltou ao comando da empresa neste ano para repactuar uma dívida de 2 bilhões de reais. Para economistas, o crédito para o setor só deve ser retomado nos últimos meses deste ano. A dúvida é quem sobrevive até lá.

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