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Nubank capta R$ 250 milhões para financiar crédito rotativo

A demanda de investidores superou a oferta em duas vezes, reduzindo o custo de captação.

Ascensão do Nubank: fintech aparece em lista de inovação global (Facebook/Nubank/Reprodução)

Mariana Desidério

Publicado em 7 de dezembro de 2017 às 14h17.

Última atualização em 7 de dezembro de 2017 às 14h18.

O Nubank, uma startup de cartões de crédito que tem crescido mais de 10% ao mês sem cobrar tarifas, vai passar a captar recursos no mercado local de forma mais frequente, após ter conseguido levantar R$ 250 milhões com investidores brasileiros, disse David Vélez, diretor executivo e co-fundador da empresa, em entrevista por telefone.

"O custo de captar localmente tende a ser menor para nós pela ausência do custo de hedge", afirma Veléz.

A fintech brasileira concluiu em dezembro sua primeira captação local, via um fundo de recebíveis lastreado por faturas de cartão, levantando R$ 250 milhões em duas séries. A demanda de investidores superou a oferta em duas vezes, reduzindo o custo de captação de uma das séries a 130% da taxa referencial (CDI), ante uma proposta inicial de teto de taxa de até 139% do CDI, disse o diretor financeiro do Nubank, Gabriel Silva. O fundo será usado para financiar a linha de crédito rotativo do cartão da empresa.

Até então, o Nubank havia apenas levantado recursos junto a investidores estrangeiros, obtendo cerca de US$ 180 milhões em capital de 10 investidores, incluindo Tiger Global Management, Sequoia Capital, Kaszek Ventures, QED Investors, DST Global e Founders Fund. O Nubank também conseguiu uma linha de crédito de R$ 455 milhões do Goldman Sachs e da Fortress Investment.

O fundo de recebíveis (FIDC) local foi estruturado pela XP Investimentos, uma das maiores corretoras de varejo do país.

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