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Novozymes faz parceria com Petrobras em biocombustíveis

Objetivo da parceria entre as duas empresas é desenvolver novos métodos de produção de etanol a partir do bagaço da cana-de-açúcar

Junto com a empresa dinamarquesa, Petrobras pretende produzir combustível a partir do bagaço da cana-de-açúcar (Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2010 às 08h18.

Copenhague - A fabricante dinamarquesa de enzimas industriais Novozymes vai trabalhar com a Petrobras para desenvolver novos métodos de produção de etanol a partir do bagaço da cana-de-açúcar.

O acordo envolve o desenvolvimento de enzimas e processos produtivos para se produzir etanol celulósico de segunda geração a partir do bagaço da cana por meio de um sistema enzimático, disse a Novozymes em comunicado.

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"Isso é importante porque a Petrobras é a principal empresa no Brasil, e é o tipo de companhia que pode fazer essas coisas andarem", disse o chefe da área de bioenergia da Novozymes, Poul Andersen.

A Petrobras está trabalhando em processos bioquímicos para converter o bagaço da cana em etanol desde 2006, disse a Novozymes, que já está agindo para desenvolver enzimas para essa segunda geração de etanol.

As enzimas são usadas para quebrar a biomassa em açúcares que podem ser fermentados para a produção de álcool.

O etanol do bagaço é uma das fontes de segunda geração, que utiliza resíduos de plantas, incluindo espigas de milho e restos de madeira, em vez de alimentos para a produção do combustível.

"Estima-se que a tecnologia de conversão de bagaço em etanol pode aumentar a produção de álcool do país (Brasil) em cerca de 40 por cento sem necessidade de aumento de área plantada", afirma a Novozymes.

Andersen comentou que a Petrobras está construindo uma usina de demonstração e que a Novozymes vai aderir ao projeto.

"As primeiras usinas comerciais poderão começar a funcionar em alguns anos", disse o executivo, acrescentando que a escala comercial estaria entre 5 milhões e 20 milhões de galões por ano.

Ele afirmou ainda que a parceria tecnológica não vai exigir novos investimentos pela Novozymes, apenas gastos com pesquisa e desenvolvimento. "Já temos uma unidade de pesquisa e desenvolvimento com algumas pessoas dedicadas a isso no Brasil", comentou.

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