No marasmo pré-eleições, a Renner traz boas notícias (de novo)
Varejista deve divulgar números que mostrem sucesso ao lidar com série de desafios, como greve dos caminhoneiros, inverno ameno e período eleitoral
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2018 às 06h11.
Última atualização em 25 de outubro de 2018 às 06h29.
O ano não tem sido fácil para a economia, mas a varejista de moda Renner continua a trazer boas notícias. A companhia divulga os números do terceiro trimestre nesta quinta-feira após o fechamento dos mercados e deve mostrar resultados positivos (de novo). Faz cinco anos que a Renner só cresce.
A expectativa é que a empresa apresente um aumento de 5,5% nas vendas em lojas abertas há pelo menos um ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com a XP Investimentos . Se confirmado, o resultado será um alento em meio a um trimestre morno para o varejo.
As eleições colocaram o consumidor em compasso de espera. Nesse cenário, o desafio da Renner foi dar vazão ao estoque acumulado no trimestre anterior, que também não foi fácil (lembremos da greve dos caminhoneiros). No caso da Renner, o inverno mais ameno que o esperado e o menor fluxo de visitas nas lojas durante a Copa do Mundo fizeram os produtos acumularem.
A estratégia foi antecipar liquidações. No trimestre passado, deu certo. Mesmo com os revezes do período, a companhia teve lucro líquido de 274,7 milhões no segundo tri (alta de 42%), e receita líquida com vendas de mercadorias de 1,78 bilhão (crescimento de 9,2%). Os resultados divulgados hoje vão dizer se a tática funcionou também para enfrentar o marasmo das eleições e se a companhia conseguiu ainda ampliar suas margens, como prometido.
Segundo relatório do BTG Pactual, a expectativa é de que a margem EBITDA da Renner no varejo chegue a 12,8%, impulsionada pelos investimentos em marketing e vendas online. Dentre os projetos da companhia neste setor está ‘click and collect”, que permite ao cliente retirar o produto adquirido no site da marca Renner em lojas físicas.