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Mudanças na Telecom Italia abrem portas para ativistas

Muitas das principais empresas da Itália têm ficado sob domínio de pactos de acionistas, mas a Telecom Italia em breve poderá se libertar

Telecom Italia: mudança pode ocorrer em 15 de junho (Alessandro Bianchi/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2014 às 10h24.

Londres - Durante décadas muitas das principais empresas da Itália têm ficado sob domínio de pactos de acionistas, mas a sua maior operadora de telecomunicações, a Telecom Italia , em breve poderá se libertar, deixando entrar investidores ativistas que sentem uma oportunidade para mudança rentável.

A mudança pode ocorrer em 15 de junho, quando os grupos financeiros Mediobanca, Assicurazioni Generali e Intesa Sanpaolo podem encerrar um pacto de acionistas de 2007 na Telco, a empresa holding que controla a Telecom Italia.

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O forte controle dos principais acionistas da Telco, liderados pela espanhola Telefónica, tem desencorajado muitos investidores de comprar ações.

Marco Fossati, cujo veículo de investimento Findim detém 5 por cento da operadora, tentou sem sucesso em outubro mudar o Conselho da Telecom Italia, o qual dizia atuou pelo interesse dos principais acionistas e não do restante.

Mas a recente indicação de um conselho independente e o provável desmantelamento da Telco tornam possível mais mudanças.

Generali, que detém 19,3 por cento da Telco, disse na quarta-feira que irá exercer seu direito de saída do pacto na primeira oportunidade disponível na próxima semana.

Um investidor ativista, o fundo norte-americano Amber Capital, já tem um pé dentro, com uma pequena participação abaixo de 1 por cento, mas um de seus gestores de fundos, Giorgio Martorelli, disse que espera ter mais participação quando o pacto for dissolvido.

E há uma agenda para isso.

"O que os ativistas podem fazer pela Telecom Italia é apoiar as iniciativas para cortar a dívida, reduzir a exposição ao Brasil e alinhar os incentivos da diretoria com criação de valor dos acionistas", disse Martorelli.

A Telecom Italia precisa atrair novos investidores para ajudar a reduzir sua dívida de 27,5 bilhões de euros.

Acionistas ativistas - principalmente fundos de hedge, gestores e empresários ricos - tendem a focar em empresas de baixo desempenho ou mal geridas e colocar pressão sobre o Conselho para simplificar a política corporativa, reduzir custos e vender unidades de baixo desempenho para aumentar o valor do seu investimento.

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