Minerva registra prejuízo de R$66,7 mi no 1o tri
No primeiro trimestre, houve aumento de 28,1 por cento na receita das vendas do Minerva para o exterior
Da Redação
Publicado em 15 de maio de 2012 às 22h02.
São Paulo - O frigorífico Minerva teve prejuízo 66,7 milhões de reais no primeiro trimestre deste ano, ante um lucro líquido de 14,6 milhões de reais nos três primeiros meses de 2011, de acordo com comunicado feito pela empresa nesta terça-feira.
A empresa realizou operação para rolagem de dívidas de curto prazo durante os três primeiros meses do ano, e o aumento da cotação do dólar frente o real causou impacto nas contas.
"Se não fossem os custos de emissão dos títulos, teríamos tido lucro de 5 milhões de reais neste primeiro trimestre... Eu fiz emissão de títulos com dólar a 1,72 reais e no pagamento a cotação era de 1,82 reais. Houve um valor de 60 a 70 milhões de reais diferença," disse Edison Ticle, diretor financeiro do Minerva a jornalistas.
"Substituímos dívidas com vencimento em 2012 ou 2013 para dívidas com vencimento em 2022," acrescentou o executivo. "Fizemos toda a rolagem que tínhamos que fazer," disse Ticle, ressaltando que operações semelhantes não estão previstas para o resto do ano.
O Minerva informou ainda que, no primeiro trimestre, houve aumento de 28,1 por cento na receita das vendas do Minerva para o exterior, ante o mesmo período de 2011, num total de 659,9 milhões de reais.
Por outro lado, as vendas no mercado interno caíram 18,3 por cento, fechando em 346 milhões de reais, compondo uma receita bruta total de 1 bilhão de reais, 7,2 por cento acima do mesmo período em 2011.
O Minerva acredita que o aumento das exportações é a receita para se beneficiar do dólar valorizado.
"O que precisamos fazer é acelerar as exportações", disse o diretor financeiro, que espera manter um mix de 60 a 65 por cento de vendas para mercados externos até o fim do ano.
Considerando o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), o resultado do Minerva no primeiro trimestre foi de 77,2 milhões de reais no primeiro trimestre, contra 60,2 milhões em 2011, um crescimento de 28,1 por cento.
Os abates no mesmo período caíram de 408,6 mil cabeças de gado em 2011 para 396,2 mil cabeças em 2012, uma redução de 3 por cento.