Microsoft processa governo dos EUA por buscas secretas
A Microsoft afirma na ação que recebeu 5.624 pedidos de informação por parte do governo nos últimos 18 meses
Da Redação
Publicado em 14 de abril de 2016 às 15h27.
San Francisco - A Microsoft entrou nesta quinta-feira com um processo contra o Departamento de Justiça dos Estados Unidos por considerar inconstitucional que o governo proíba as empresas de tecnologia de informar seus clientes quando seus dados foram analisados pelas autoridades.
A Microsoft afirma na ação que recebeu 5.624 pedidos de informação por parte do governo nos últimos 18 meses. Em 2.576 deles, a companhia não foi autorizada a informar seus clientes que os agentes federais estavam espionando seus dados.
O processo foi apresentado em um tribunal federal da cidade de Seattle, onde a Microsoft tem sua principal sede, e promete suscitar outro embate de alto nível entre uma empresa de tecnológica e o governo, pouco depois do litígio entre a Apple e o FBI pelo acesso às informações de um iPhone bloqueado.
"Nesta manhã apresentamos um processo em um tribunal federal contra o governo dos EUA para defender o que nos parece que são direitos constitucionais fundamentais de nossos clientes, direitos que protegem a privacidade e promovem a liberdade de expressão", indicou Brad Smith, principal assessor jurídico da Microsoft, no blog oficial da companhia.
A empresa acredita que, "salvo em poucas exceções", os clientes e outras companhias têm o direito de saber quando o governo teve acesso aos seus e-mails ou outros tipos de dados.
"Apesar disso, está se transformando em uma rotina para o governo dos EUA emitir ordens que exigem aos provedores de serviços de e-mail manter esses tipos de demandas legais em segredo", ressaltou Smith, ao afirmar que a Microsoft considerou que a prática foi longe demais e por isso decidiu recorrer aos tribunais.
"Essas ordens secretas violam a Quarta Emenda (da Constituição dos EUA), que garante às pessoas e às empresas o direito a saber se o governo indaga sobre suas propriedades", afirmou o advogado.
Segundo o assessor jurídico da Microsoft, o comportamento do governo viola também a Quinta Emenda, que dá à empresa o direito de informar aos clientes se as ações do governo afetarem seus dados.
A companhia afirmou que a ação judicial oferece uma "oportunidade" ao Departamento de Justiça para adotar novas regras que estabeleçam "limites razoáveis" no uso das ordens secretas.
"Apresentar um processo contra um governo não é uma decisão que tomamos de forma superficial. Só fazemos isso quando achamos que estão em jogo princípios fundamentais e importantes consequências práticas", destacou Smith.
San Francisco - A Microsoft entrou nesta quinta-feira com um processo contra o Departamento de Justiça dos Estados Unidos por considerar inconstitucional que o governo proíba as empresas de tecnologia de informar seus clientes quando seus dados foram analisados pelas autoridades.
A Microsoft afirma na ação que recebeu 5.624 pedidos de informação por parte do governo nos últimos 18 meses. Em 2.576 deles, a companhia não foi autorizada a informar seus clientes que os agentes federais estavam espionando seus dados.
O processo foi apresentado em um tribunal federal da cidade de Seattle, onde a Microsoft tem sua principal sede, e promete suscitar outro embate de alto nível entre uma empresa de tecnológica e o governo, pouco depois do litígio entre a Apple e o FBI pelo acesso às informações de um iPhone bloqueado.
"Nesta manhã apresentamos um processo em um tribunal federal contra o governo dos EUA para defender o que nos parece que são direitos constitucionais fundamentais de nossos clientes, direitos que protegem a privacidade e promovem a liberdade de expressão", indicou Brad Smith, principal assessor jurídico da Microsoft, no blog oficial da companhia.
A empresa acredita que, "salvo em poucas exceções", os clientes e outras companhias têm o direito de saber quando o governo teve acesso aos seus e-mails ou outros tipos de dados.
"Apesar disso, está se transformando em uma rotina para o governo dos EUA emitir ordens que exigem aos provedores de serviços de e-mail manter esses tipos de demandas legais em segredo", ressaltou Smith, ao afirmar que a Microsoft considerou que a prática foi longe demais e por isso decidiu recorrer aos tribunais.
"Essas ordens secretas violam a Quarta Emenda (da Constituição dos EUA), que garante às pessoas e às empresas o direito a saber se o governo indaga sobre suas propriedades", afirmou o advogado.
Segundo o assessor jurídico da Microsoft, o comportamento do governo viola também a Quinta Emenda, que dá à empresa o direito de informar aos clientes se as ações do governo afetarem seus dados.
A companhia afirmou que a ação judicial oferece uma "oportunidade" ao Departamento de Justiça para adotar novas regras que estabeleçam "limites razoáveis" no uso das ordens secretas.
"Apresentar um processo contra um governo não é uma decisão que tomamos de forma superficial. Só fazemos isso quando achamos que estão em jogo princípios fundamentais e importantes consequências práticas", destacou Smith.