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Metalúrgicos da Embraer entram em greve em SP

Decisão foi tomada em assembleia com os trabalhadores do segundo turno da unidade Faria Lima

Funcionário trabalha na linha de produção de um jato na sede da Embraer, em São José dos Campos (Paulo Fridman/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2014 às 18h07.

São Paulo - Os metalúrgicos da Embraer , em São José dos Campos (SP), entraram em greve por tempo indeterminado, nesta quarta-feira, 05, segundo informou o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.

A decisão foi tomada em assembleia com os trabalhadores do segundo turno da unidade Faria Lima, realizada na tarde desta quarta, que contou com a participação de cerca de 1,3 mil trabalhadores, dos 2 mil que trabalham nesse período.

Uma nova assembleia está prevista para esta quinta-feira, 06, com os trabalhadores do primeiro turno, a partir das 5h30.

Conforme o sindicato, a paralisação é resultado da rejeição à proposta de 7,4% de reajuste salarial apresentada pela Embraer e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na última rodada de negociação com o sindicato, em 29 de outubro.

"O reajuste proposto representa apenas 1% de aumento real de salário e está muito abaixo do que os metalúrgicos de outras fábricas da região já conseguiram", afirmou a entidade, em nota.

Segundo o sindicato, já foram fechados mais de 80 acordos, com reajustes entre 9% e 11%.

Na Embraer, os trabalhadores reivindicam 10% de reajuste, o que corresponderia a 3,43% de aumento real, além de congelamento do valor do desconto do convênio médico e estabilidade no emprego.

No último dia 21, os funcionários da Embraer também realizaram uma paralisação de 24 horas. O movimento ocorreu no mesmo dia em que a fabricante de aeronaves realizou o evento de apresentação de sua aeronave cargueira, o KC-390.

Para o sindicato, a paralisação forçou a companhia, e outras empresas do setor aeronáutico, a reabrir as negociações. Até então, a proposta era de 6,6%. O avanço, entretanto, ainda não foi considerado suficiente.

"Com o lucro em alta e com bilhões de reais em contratos com o governo federal, a Embraer tem todas as condições de oferecer um reajuste maior aos seus trabalhadores. Por isso, vamos manter a greve até que a empresa deixe de ser intransigente e atenda as reivindicações dos metalúrgicos", afirmou o vice-presidente do Sindicato, Herbert Claros da Silva, que é trabalhador da Embraer, por meio de nota.

Além da Embraer, metalúrgicos de outras cinco fábricas do setor aeronáutico também já rejeitaram a proposta de 7,4%: Latecoere, Graúna, Sobraer, Sopeçaero e Alestis.

Todas são parceiras da Embraer, a maior empregadora metalúrgica da região, com cerca de 13 mil trabalhadores em São José dos Campos.

Conforme o sindicato, ainda não há data prevista para nova rodada de negociações.

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São Paulo - Os metalúrgicos da Embraer , em São José dos Campos (SP), entraram em greve por tempo indeterminado, nesta quarta-feira, 05, segundo informou o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.

A decisão foi tomada em assembleia com os trabalhadores do segundo turno da unidade Faria Lima, realizada na tarde desta quarta, que contou com a participação de cerca de 1,3 mil trabalhadores, dos 2 mil que trabalham nesse período.

Uma nova assembleia está prevista para esta quinta-feira, 06, com os trabalhadores do primeiro turno, a partir das 5h30.

Conforme o sindicato, a paralisação é resultado da rejeição à proposta de 7,4% de reajuste salarial apresentada pela Embraer e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na última rodada de negociação com o sindicato, em 29 de outubro.

"O reajuste proposto representa apenas 1% de aumento real de salário e está muito abaixo do que os metalúrgicos de outras fábricas da região já conseguiram", afirmou a entidade, em nota.

Segundo o sindicato, já foram fechados mais de 80 acordos, com reajustes entre 9% e 11%.

Na Embraer, os trabalhadores reivindicam 10% de reajuste, o que corresponderia a 3,43% de aumento real, além de congelamento do valor do desconto do convênio médico e estabilidade no emprego.

No último dia 21, os funcionários da Embraer também realizaram uma paralisação de 24 horas. O movimento ocorreu no mesmo dia em que a fabricante de aeronaves realizou o evento de apresentação de sua aeronave cargueira, o KC-390.

Para o sindicato, a paralisação forçou a companhia, e outras empresas do setor aeronáutico, a reabrir as negociações. Até então, a proposta era de 6,6%. O avanço, entretanto, ainda não foi considerado suficiente.

"Com o lucro em alta e com bilhões de reais em contratos com o governo federal, a Embraer tem todas as condições de oferecer um reajuste maior aos seus trabalhadores. Por isso, vamos manter a greve até que a empresa deixe de ser intransigente e atenda as reivindicações dos metalúrgicos", afirmou o vice-presidente do Sindicato, Herbert Claros da Silva, que é trabalhador da Embraer, por meio de nota.

Além da Embraer, metalúrgicos de outras cinco fábricas do setor aeronáutico também já rejeitaram a proposta de 7,4%: Latecoere, Graúna, Sobraer, Sopeçaero e Alestis.

Todas são parceiras da Embraer, a maior empregadora metalúrgica da região, com cerca de 13 mil trabalhadores em São José dos Campos.

Conforme o sindicato, ainda não há data prevista para nova rodada de negociações.

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