Mercedes-Benz vai produzir caminhões em turno único no ABC por até três meses
O objetivo, conforme a fabricante, é gerenciar a queda das encomendas sem demissões
Agência de notícias
Publicado em 6 de abril de 2023 às 08h29.
A Mercedes-Benz iniciou conversas com o sindicato para reduzir a produção de caminhões de sua fábrica em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, a um único turno durante dois ou três meses a partir de maio. Hoje, a linha funciona em dois turnos.
Os pedidos no primeiro trimestre caíram mais do que a montadora esperava, obrigando a Mercedes-Benz a segurar a produção. A empresa já tinha dado, na segunda-feira, 3, férias coletivas a 300 trabalhadores. Também reduziu a jornada semanal de trabalho a depender da necessidade de cada área.
- Rais: prazo para entrega termina nesta quarta-feira, 5
- Setor privado dos EUA cria 145 mil empregos em março, abaixo do esperado; diz ADP
- Copa Libertadores: clubes podem enriquecer nesta edição; entenda
- Marisa: diretor de tecnologia renuncia ao cargo
- Superlua Rosa poderá ser vista em todo o Brasil nesta quinta-feira, 5; veja como
- Virgin Orbit, do bilionário Richard Branson, entra com pedido de recuperação judicial
O que diz a montadora?
Em nota, a montadora diz que já esperava uma redução do mercado em função da antecipação de compras antes do aperto dos limites de emissões na virada do ano, o que exigiu uma mudança de tecnologia que tornou os veículos de carga mais caros. Porém, a demanda se mostrou, desde janeiro, ainda menor do que a expectativa. A Mercedes aponta os juros elevados e as restrições de oferta de crédito como os motivos da redução de demanda.
O objetivo, conforme a fabricante, é gerenciar a queda das encomendas sem demissões. Segundo o sindicato, a necessidade de reduzir o programa de produção deste ano foi comunicada aos trabalhadores em boletim interno.
"Estamos já em processo de negociação com a empresa para avaliar as medidas possíveis e necessárias. Vamos pensar os próximos passos e as alternativas para atravessar esse período", comentou o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Aroaldo Oliveira da Silva. Ele diz ser "urgente" a abertura de linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiamento a taxas mais baixas dos bens de capital.