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Meirelles se prepara para a carreira política, diz FT

Presidente do BC diz ao jornal britânico, no entanto, que seu futuro ainda é incerto

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Em reportagem publicada nesta segunda-feira, o jornal britânico Financial Times diz que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, já se prepara para a carreira política. Em entrevista ao jornal, no entanto, Meirelles diz que seu futuro ainda é incerto apesar de sua filiação ao PMDB há algumas semanas.

O presidente do BC disse que até agora não definiu se vai permanecer no cargo, concorrer ao Senado por Goiás em 2010 ou, ainda, atuar na iniciativa privada.

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"Estou apenas deixando uma opção em aberto para o meu futuro", afirmou ao FT se referindo a sua filiação ao PMDB.

Analistas políticas, entretanto, acreditam que o destino mais provável de Meirelles neste momento é ser candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff (PT). Já está certo que o vice será do PMDB.

Geralmente um cenário de incertezas como este costuma deixar o mercado apreensivo. No entanto, segundo FT, qualquer que seja a escolha de Meirelles, os investidores parecem inabaláveis.

Ainda de acordo com o jornal britânico, a recente taxação de 2% sobre a entrada de capital estrangeiro a fim de evitar uma valorização exagerada do real parece não abalar os investimentos no país, ainda mais tendo em vista a Copa do Mundo de 2014 e os jogos Olímpicos de 2016. O índice Bovespa registrou queda após a notícia, mas rapidamente voltou a se recuperar.

Em geral, os analistas de mercado não acreditam em mudanças radicais com a possível saída de Meirelles do BC. A probabilidade é de que a nova direção mantenha o mesmo rigor e inicie um novo ciclo de alta dos juros no ano que vem a fim de conter as pressões inflacionárias da esperada aceleração mundial.

Por trás destas expectativas, está a crença de que Lula realmente converteu-se à ortodoxia monetária e não arriscará as recentes conquistas dando o comando do BC a alguém heterodoxo. “Lula parece ter aprendido que, em economia, a continuidade é uma virtude”, afirma Jason Vieira, economista-chefe da consultoria UpTrend.

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