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Medo do futuro faz com que varejistas segurem investimentos

De acordo com Ibevar, instabilidade política faz com que empresas com recursos tenham receio de fazer grandes planos


	Varejo: 29.000 pessoas demitidas no setor apenas no estado de São Paulo em 2015
 (thinkstock)

Varejo: 29.000 pessoas demitidas no setor apenas no estado de São Paulo em 2015 (thinkstock)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 20 de abril de 2016 às 11h17.

São Paulo – O impacto da recessão da economia brasileira tardou a chegar no varejo – mas causou estragos inquestionáveis.

O cenário vivido pelo setor hoje é o pior dos últimos 15 anos. Apenas em 2015, 95.400 lojas foram fechadas no país, o equivalente a soma de todos as abertas entre 2011 e 2014.

Praticamente um terço delas estavam no estado de São Paulo, onde quase 29.000 pessoas foram demitidas.

A decisão favorável da Câmara dos Deputados sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, no último domingo, pode mudar esse cenário.

Para Patricia Cotti, diretora do Ibevar, que não se posiciona nem contra nem a favor do governo, ainda é muito cedo para entender o impacto disso no setor. 

“Mas é certo que é preciso termos uma estabilidade política para voltar a crescer”, disse em entrevista à EXAME.com.

Saber o que o futuro do país reserva dará uma confiança maior aos investidores e, como decorrência, à economia de uma maneira geral.

“As varejistas têm recursos e vontade de investir e fariam isso se houvesse um ambiente econômico mais seguro”, afirmou a executiva.

A expectativa é que a retomada do setor seja rápida, mas deva acontecer apenas a partir do final de 2017.

Como exemplo, Cotti aponta a queda do dólar que não aconteceu como previam alguns investidores depois da decisão política de domingo. “A instabilidade ainda é muito forte”, diz.

A retomada do varejo deve acontecer com mais rapidez de áreas do varejo mais básicas, como alimentos e bebidas, para depois atingir as de bens de consumo, como a de eletrodomésticos, eletrônicos e materiais de construção.

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