Os acionistas do McDonalds, a maior rede de fast food do mundo, podem ter uma notícia melhor do que esperam no próximo dia 19, quando a companhia anunciará os resultados do terceiro trimestre. Apesar dos problemas que a empresa enfrenta, como a perda do presidente no início do ano e de ser combatida como um dos ícones do capitalismo mundial (leia reportagem de EXAME a respeito), o lucro por ação da rede deve ser 42% maior que o do terceiro trimestre de 2003.

Segundo nota preliminar divulgada pela companhia nesta quarta-feira (13/10), espera-se que o lucro por ação seja de 61 centavos de dólar. O valor é 42% maior que os 43 centavos por ação registrados entre julho e setembro do ano passado, quando o lucro total do McDonalds alcançou 547 milhões de dólares, e as receitas somaram 4,5 bilhões.

O valor divulgado hoje também supera a expectativa do mercado, que estimava um lucro de 49 centavos de dólar por ação, conforme o americano The Wall Street Journal, que se baseou em uma pesquisa da consultoria Thomson First Call.

Segundo o McDonalds, os resultados acima do previsto foram favorecidos pela baixa taxa de juros da economia americana e pelo crescimento das vendas mundiais em lojas abertas há mais de 13 meses. Mesmo num momento de dificuldade para o mercado mundial de refeições rápidas, a rede conseguiu elevar em 7,3% as vendas nessas lojas, em setembro, ante agosto. Os negócios também foram 5,8% maiores no terceiro trimestre, em relação a igual período de 2003.

Aumentar a variedade de lanches no cardápio, diversificar as opções de preços para os consumidores, revisar o horário de funcionamento das lojas de acordo com as necessidades dos clientes e aumentar os investimentos em marketing foram algumas das ações que impulsionaram as vendas nos últimos meses, conforme a empresa. No Brasil, o McDonalds faturou 588 milhões de dólares no ano passado, mas enfrenta problemas com alguns franqueados.