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Mais internacional, receita da Alpargatas cresceu 8,3%

As operações internacionais já representam 31% do faturamento, segundo resultados de 2014


	Alpargatas: as operações internacionais já representam 31% do faturamento, segundo resultados de 2014
 (Exame)

Alpargatas: as operações internacionais já representam 31% do faturamento, segundo resultados de 2014 (Exame)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 6 de março de 2015 às 18h26.

São Paulo - Com maior participação no mercado internacional e produtos mais luxuosos, a receita líquida da Alpargatas cresceu 8,3% em 2014, somando R$ 3,71 bilhões. O lucro líquido consolidado alcançou R$ 280,2 milhões no ano, queda de 9,6% em relação a 2013.

No Brasil, a receita da fabricante de Havaianas cresceu 6,3%. O crescimento mais expressivo é no mercado externo. A receita da Alpargatas Argentina aumentou 45,8% em pesos, no ano. Na Europa, subiu 22,2% em euros e 17,3% em dólares, nos Estados Unidos.

As operações internacionais são um dos focos da empresa de calçados e vestuários. “Como o mercado internacional é relativamente novo – exportamos apenas de 2007 para cá – a oportunidade de crescimento é maior”, afirma Mário Utsch, diretor presidente.

Outro motivo para a expansão da brasileira é a fama internacional da empresa. O reconhecimento da marca aumentou 6 pontos percentuais na Europa em 2014, por exemplo.

A companhia já tem operações em 12 países, sendo 10 deles na Europa, Estados Unidos e Argentina. As operações internacionais já representam 31% do faturamento, segundo resultados de 2014.

Agora, ela irá chegar à Ásia. Em 2015, a Alpargatas irá abrir um escritório em Hong Kong, para “vender mais no exterior e comprar matéria-prima mais barata”, segundo o presidente.

O preço baixo dos calçados produzidos no continente não os preocupam. “Os chineses podem vender sandália a um real, não é o que importa. Nós temos marca, um trabalho bem feito, de qualidade reconhecida”, afirma Utsch.

Luxo

A empresa dos chinelos Havaianas e tênis Mizuno juntou uma marca luxuosa a seu portfólio. A aquisição de 30% da grife Osklen, por R$ 159 milhões, foi consolidada no 4º trimestre de 2014.

“O segmento de moda de luxo é um importante pilar de crescimento”, diz o presidente. A ideia é desenvolver ainda mais o setor e aumentar o valor agregado dos calçados.

Consumo

Exatamente por conta da marca forte, reconhecida e, agora, mais luxuosa, a empresa não se preocupa tanto com a crise na economia brasileira em 2015 e a possível queda no consumo.

Utsch afirmou que investiu bastante em marketing e em projetos estratégicos, para fortalecer a marca e aumentar o valor agregado. “Na hora da crise, as marcas mais fortes vão muito bem”.

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