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Mais agro, menos indústria: pandemia afeta transporte de cargas

Com queda na produção industrial, em montadoras e na construção civil, pandemia impacta setor de transporte e logística

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Transporte de cargas: no mês de abril, o mais atingido pela pandemia, houve queda de 43,2% no frete em relação ao mês anterior (Pixabay/Reprodução)

Transporte de cargas: no mês de abril, o mais atingido pela pandemia, houve queda de 43,2% no frete em relação ao mês anterior (Pixabay/Reprodução)

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Karin Salomão

Publicado em 24 de junho de 2020 às, 10h00.

A pandemia do novo coronavírus impactou diversos setores da economia brasileira e o setor de logística, responsável por abastecer indústrias, mercados e portos com produtos para exportação, é um dos termômetros para entender este cenário. 

De acordo com um levantamento feito pela FreteBras, maior plataforma online de transporte de cargas da América do Sul, houve uma queda de 12% na oferta de fretes no primeiro quadrimestre de 2020 em relação ao período anterior, o último do ano passado. Essa queda retrata os efeitos da pandemia no setor de transporte e logística, com queda na produção industrial, em montadoras e na construção civil. 

Dentre os produtos que mais caíram, piso e telha no segmento de construção, siderúrgicos e papel-celulose no segmento de industrializados foram os mais afetados. Com uma safra recorde de soja e milho, os fretes para o setor agropecuário cresceram 10% nesse período. 

“A redução de cargas foi uma consequência principalmente de uma diminuição forte da produção e demanda de alguns setores, como em industrializados”, diz Bruno Hacad, diretor de operações da FreteBras, em comunicado. 

Já na comparação com o primeiro quadrimestre do ano passado, houve alta na oferta de fretes de 35%. Nessa comparação, o maior crescimento fica com o setor de construção, com alta de 57%, impulsionado pelo transporte de cimento.

Em comparação ao mês anterior, janeiro teve queda de 5,7% nos fretes, fevereiro e março tiveram alta de 5,9% e 28,5%, respectivamente, e o mês de abril, o mais atingido pela pandemia, teve queda de 43,2%.

O preço médio dos fretes sofreu pouco (apenas 3,3%) nesse início de ano no comparativo entre o último quadrimestre de 2019. Puxando a fila de fretes com preço médio mais elevados estão produtos do agronegócio, como batata, arroz e feijão, e produtos alimentícios industrializados.

Mais digitais

O levantamento registrou ainda um crescimento de 47% no número de caminhoneiros utilizando meios digitais para busca de fretes no primeiro quadrimestre de 2020 em relação ao mesmo período de 2019. Além disso, o estudo constatou um aumento de caminhoneiros buscando ativamente por cargas; quase 50% a mais no mesmo período.

Na virada do ano, a comparação dos números do primeiro quadrimestre de 2020 com os do último quadrimestre de 2019 registrou uma elevação na base de caminhoneiros utilizando meios digitais da ordem de 12%.

Essas plataformas, que conectam o motorista à carga, são mais seguras em tempos de coronavírus, já que o motorista não precisa ficar esperando um novo pedido em um centro de distribuição e nem negociar pessoalmente o frete, diminuindo os riscos de transmissão e contaminação pelo vírus. Com mais de 400.000 caminhoneiros cadastrados, a FreteBras permite que empresas encontrem caminhoneiros para seus fretes em minutos. 

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