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Lucro líquido da Smithfield cai 25% no 1º tri fiscal

O lucro da processadora de carne suína foi de US$ 61,7 milhões no primeiro trimestre fiscal

A empresa, maior processadora de carne suína dos EUA em volume, tem assumido posições nos mercados futuros para controlar os custos (Getty Images/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2012 às 11h46.

Nova York - A processadora de carne suína norte-americana Smithfield anunciou lucro de US$ 61,7 milhões no primeiro trimestre fiscal de 2013, ou 40 cents por ação, queda de 24,85% em comparação com os US$ 82,1 milhões (49 cents por ação) obtidos em igual trimestre do ano fiscal anterior. Segundo a empresa, a redução se deve aos resultados mais fracos do segmento de carne suína fresca e ao peso dos custos maiores sobre as margens do negócio.

A receita com vendas ficou quase estável, em US$ 3,0913 bilhões, ante os US$ 3,0942 bilhões do mesmo período do ano fiscal passado. Analistas consultados pela agência Thomson Reuters previam lucro de 44 cents por ação e receita de US$ 3,15 bilhões. A margem bruta diminuiu de 12,4% para 10,7%, principalmente por conta do aumento de custos do negócio de suinocultura, conforme a empresa.

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As vendas totais de carne suína subiram 0,09%, para US$ 2,6 bilhões, refletindo um aumento de 0,54% na comercialização de carne suína fresca e uma queda de 0,33% em carnes embaladas. O segmento de suinocultura teve redução de 2,80% nas vendas, enquanto o negócio internacional da empresa enfrentou declínio de 7,52%.

"Naturalmente, ficamos decepcionados com o fraco desempenho de nosso negócio de carne suína fresca, com o complexo de carne suína permanecendo sob pressão devido à oferta maior e à demanda doméstica fraca no varejo, embora as exportações tenham se mantido em um patamar alto", disse o presidente e executivo-chefe da empresa C. Larry Pope.

A Smithfield - cujas marcas incluem John Morrell, Armour e Farmland - havia registrado aumento de receita nos últimos trimestres devido à forte demanda dos mercados estrangeiros. Mas, assim para como outros criadores de animais, os custos elevados de ração têm desafiado a operação. Em julho, Pope pediu ao governo dos EUA a suspensão da mistura obrigatória de etanol na gasolina por conta da seca extrema que castiga as lavouras de milho do país e impulsiona as cotações. A Smithfield compra cerca de 128 milhões de bushels de milho e equivalentes todo ano para alimentar seus porcos.

A empresa, maior processadora de carne suína dos EUA em volume, tem assumido posições nos mercados futuros para controlar os custos com ração e a receita proveniente das vendas.

"Apesar dos ventos contrários no segmento de suinocultura, a melhoria esperada para os resultados da operação de carne suína fresca aliada a rentabilidade robusta e volumes maiores no segmento de carnes embaladas, assim como uma rentabilidade mais forte do segmento internacional devem levar a resultados sólidos no ano fiscal 2013", destacou Pope, acrescentando que a companhia espera que as margens do segmento de carnes embaladas cheguem ao topo do intervalo de crescimento esperado para o ano fiscal, de 2% a 3%.

Na sexta-feira, as ações da Smithfield na Bolsa de Nova York (Nyse) fecharam a US$ 19,32. Ontem a bolsa ficou fechada por conta do Dia do Trabalho nos Estados Unidos. Até o fechamento de sexta-feira, as ações da empresa já haviam caído 20% no acumulado do ano. As informações são da Dow Jones.

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