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Lucro da Ambev de R$1,882 bilhões fica abaixo de projeções

Seis bancos e corretoras previam que em média a empresa tivesse um lucro líquido de R$ 2,075 bilhões no trimestre

A Ambev afirma que teve despesas financeiras líquidas mais altas e uma alíquota efetiva de impostos também mais elevada (Fabio Nutti/Exame)
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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2013 às 09h22.

São Paulo - O lucro líquido de R$ 1,882 bilhão - atribuído à controladora, excluindo a participação dos minoritários - apresentado pela Ambev no segundo trimestre ficou abaixo (-9,3%) da média das estimativas de analistas.

Seis bancos e corretoras consultados pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, (Bank of America Merrill Lynch, BTG Pactual, Citi Research, Goldman Sachs, JPMorgan e Morgan Stanley) previam que em média a empresa tivesse um lucro líquido de R$ 2,075 bilhões no período.

A Ambev afirma que teve despesas financeiras líquidas mais altas e uma alíquota efetiva de impostos também mais elevada.

A Ambev também divulgou o lucro consolidado, que caiu 0,3%, para R$ 1,923 bilhão, ante R$ 1,929 bilhão registrados no segundo trimestre de 2012, neste mesmo critério. Outra medida informada é o lucro líquido ajustado, antes de receitas e despesas especiais, cuja cifra neste segundo trimestre foi de R$ 1,887 bilhão, 2,2% menor que R$ 1,930 bilhão de abril a junho de 2012.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) do segundo trimestre no critério "ajustado" de R$ 3,217 bilhões veio em linha (+0,1%) com a cifra esperada de R$ 3,212 bilhões. A margem Ebitda nesse critério prevista para abril a junho era de 43,9% e a reportada, de 42,9%, ficou 1,0 ponto porcentual abaixo.

A empresa também informou que o Ebitda teve alta de 9,5%, para R$ 3,212 bilhões, com margem Ebitda de 42,8%, queda ante a de 43,0% no segundo trimestre de 2012.

Já a receita líquida de R$ 7,503 bilhões apresentada pela Ambev também ficou em linha (+2,2%) com a média aguardada pelos analistas, de R$ 7,340 bilhões. O Broadcast considera que o resultado está em linha com as projeções quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.


Sem minoritário

A Ambev teve lucro líquido no semestre, atribuído ao controlador, de R$ 4,226 bilhões, aumento de 0,19% ante o montante de R$ 4,218 bilhões do mesmo período de 2012. Já o lucro consolidado, que inclui a parte dos minoritários, subiu 0,84%, para R$ 4,299 bilhões, ante os R$ 4,263 bilhões registrados no primeiro semestre de 2012, neste mesmo critério.

O lucro líquido ajustado, antes de receitas e despesas especiais, somou uma cifra neste semestre de R$ 4,232 bilhões, 0,29% menor que os R$ 4,244 bilhões de janeiro a junho de 2012.

Com relação à geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) teve alta de 7,9%, para R$ 6,810 bilhões, com margem Ebitda de 44,6%, recuo de 0,3 ponto porcentual ante a margem Ebitda de 44,9% no primeiro semestre de 2012.

No critério "ajustado", o Ebitda foi de R$ 6,816 bilhões, ou 7,6% superior ao do mesmo período de 2012, de R$ 6,337 bilhões, com margem Ebitda ajustada de 44,6%, 0,5 ponto porcentual a menos do que a de 45,1% registrada nos seis primeiros meses de 2012.

A receita líquida do acumulado do ano até junho somou R$ 15,275 bilhões, alta de 8,6% sobre os R$ 14,061 bilhões registrados nos seis primeiros meses do ano passado.

Volume

A Ambev registrou um volume vendido de 36,984 milhões de hectolitros de bebidas no segundo trimestre, uma queda de 1,1% ante o de 37,378 milhões de hectolitros comercializados no mesmo período de 2012.


O resultado ficou em linha com o esperado pelo mercado, que era uma queda consolidada por volta de 2%, devido, principalmente a queda de volume comercializado no Brasil (mais acentuado em refrigerantes e bebidas não alcoólicas do que em cervejas).

A receita líquida por hectolitro (ROL/hl) consolidada foi de R$ 202,90, aumento de 11,1% ante os R$ 182,60 na mesma base de comparação. O Custo do Produto Vendido (CPV) somou R$ 2,592 bilhões, avanço de 12,7%, enquanto o CPV por hectolitro subiu 13,9%, para R$ 70,10.

"Embora nossos 'hedges' de moeda tenham continuado a ser o principal fator adverso, dada a depreciação do real desde o ano passado, nossos hedges de commodity (principalmente cevada e alumínio) foram um importante fator favorável. Ademais, nosso desempenho foi também impactado por uma comparação difícil em RefrigeNanc Brasil, por uma maior depreciação industrial atrelada aos investimentos no Brasil, bem como pelo mix de embalagens em cerveja Brasil", afirma a companhia, em relatório de resultados.

No ano, os volumes totais vendidos pela Ambev acumulam queda de 3,4%, passando de 79,608 milhões de hectolitros de janeiro a junho de 2012 para 76,914 milhões de hectolitros nos seis primeiros meses deste ano.

A receita líquida por hectolitro (ROL/hl) ficou em R$ 198,60, incremento de 12,4% ante a de R$ 176,60 do mesmo período do ano passado. O CPV na mesma base de comparação totalizou R$ 5,215 bilhões, alta de 13,1%, enquanto o CPV por hectolitro subiu 17%, para R$ 67,80.

Aportes

Ambev reiterou as intenções de investimentos de cerca de R$ 3 bilhões no Brasil em 2013, mesmo ante o cenário macroeconômico adverso atual. A empresa informa que a decisão segue as perspectivas positivas de médio e longo prazo para o crescimento orgânico no País.


Globalmente, a empresa realizou investimentos em capex da ordem de R$ 756,4 milhões no segundo trimestre, alta de 20,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Do montante, R$ 559 milhões foram destinados apenas para o Brasil. No ano, os investimentos totais da companhia (capex) no mundo somam R$ 1,3 bilhão.

Recentemente no Brasil, a empresa anunciou a ampliação da unidade de Lages (SC), com aportes de R$ 140 milhões até 2014. Outras obras também já foram anunciadas para esse ano, dentre elas as novas fábricas em Minas Gerais e no Paraná, além do aporte de R$ 71 milhões para a construção de uma nova linha de produção de garrafas retornáveis na filial Cebrasa, em Anápolis (Goiás).

"Embora seja verdade que o cenário continua sendo desafiador e difícil de se prever, acreditamos que se continuarmos executando o plano revisado para o ano devemos ser capazes de melhorar ainda mais nosso Ebitda", disse a empresa, no documento.

No segundo semestre, a Ambev continuará com foco na estratégia de embalagens econômicas, já que durante o segundo trimestre, a ação melhorou volumes e manteve rentabilidade, "a despeito da pressão de curto prazo trazida pela inflação mais alta de alimentos e pela desaceleração do crescimento da renda disponível".

Guidances

A companhia ainda reiterou todos os guidances financeiros e operacionais para o ano relativos às operações brasileiras e que foram divulgados no primeiro trimestre.

A Ambev segue com a expectativa de que a indústria de cerveja no Brasil fique estável ou até tenha uma queda de um dígito porcentual baixo; de que a receita operacional líquida (ROL) por hectolitro consolidada no Brasil cresça a um dígito porcentual alto; que o Custo do Produto Vendido (CPV) por hectolitro avance entre um dígito porcentual alto e dois dígitos porcentuais baixos (sendo um crescimento de 17% a 19% para o segmento de refrigerantes e bebidas não alcoólicas) e que as despesas gerais e administrativas (SG&A, na sigla em inglês) cresça abaixo da inflação.

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São Paulo - O lucro líquido de R$ 1,882 bilhão - atribuído à controladora, excluindo a participação dos minoritários - apresentado pela Ambev no segundo trimestre ficou abaixo (-9,3%) da média das estimativas de analistas.

Seis bancos e corretoras consultados pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, (Bank of America Merrill Lynch, BTG Pactual, Citi Research, Goldman Sachs, JPMorgan e Morgan Stanley) previam que em média a empresa tivesse um lucro líquido de R$ 2,075 bilhões no período.

A Ambev afirma que teve despesas financeiras líquidas mais altas e uma alíquota efetiva de impostos também mais elevada.

A Ambev também divulgou o lucro consolidado, que caiu 0,3%, para R$ 1,923 bilhão, ante R$ 1,929 bilhão registrados no segundo trimestre de 2012, neste mesmo critério. Outra medida informada é o lucro líquido ajustado, antes de receitas e despesas especiais, cuja cifra neste segundo trimestre foi de R$ 1,887 bilhão, 2,2% menor que R$ 1,930 bilhão de abril a junho de 2012.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) do segundo trimestre no critério "ajustado" de R$ 3,217 bilhões veio em linha (+0,1%) com a cifra esperada de R$ 3,212 bilhões. A margem Ebitda nesse critério prevista para abril a junho era de 43,9% e a reportada, de 42,9%, ficou 1,0 ponto porcentual abaixo.

A empresa também informou que o Ebitda teve alta de 9,5%, para R$ 3,212 bilhões, com margem Ebitda de 42,8%, queda ante a de 43,0% no segundo trimestre de 2012.

Já a receita líquida de R$ 7,503 bilhões apresentada pela Ambev também ficou em linha (+2,2%) com a média aguardada pelos analistas, de R$ 7,340 bilhões. O Broadcast considera que o resultado está em linha com as projeções quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.


Sem minoritário

A Ambev teve lucro líquido no semestre, atribuído ao controlador, de R$ 4,226 bilhões, aumento de 0,19% ante o montante de R$ 4,218 bilhões do mesmo período de 2012. Já o lucro consolidado, que inclui a parte dos minoritários, subiu 0,84%, para R$ 4,299 bilhões, ante os R$ 4,263 bilhões registrados no primeiro semestre de 2012, neste mesmo critério.

O lucro líquido ajustado, antes de receitas e despesas especiais, somou uma cifra neste semestre de R$ 4,232 bilhões, 0,29% menor que os R$ 4,244 bilhões de janeiro a junho de 2012.

Com relação à geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) teve alta de 7,9%, para R$ 6,810 bilhões, com margem Ebitda de 44,6%, recuo de 0,3 ponto porcentual ante a margem Ebitda de 44,9% no primeiro semestre de 2012.

No critério "ajustado", o Ebitda foi de R$ 6,816 bilhões, ou 7,6% superior ao do mesmo período de 2012, de R$ 6,337 bilhões, com margem Ebitda ajustada de 44,6%, 0,5 ponto porcentual a menos do que a de 45,1% registrada nos seis primeiros meses de 2012.

A receita líquida do acumulado do ano até junho somou R$ 15,275 bilhões, alta de 8,6% sobre os R$ 14,061 bilhões registrados nos seis primeiros meses do ano passado.

Volume

A Ambev registrou um volume vendido de 36,984 milhões de hectolitros de bebidas no segundo trimestre, uma queda de 1,1% ante o de 37,378 milhões de hectolitros comercializados no mesmo período de 2012.


O resultado ficou em linha com o esperado pelo mercado, que era uma queda consolidada por volta de 2%, devido, principalmente a queda de volume comercializado no Brasil (mais acentuado em refrigerantes e bebidas não alcoólicas do que em cervejas).

A receita líquida por hectolitro (ROL/hl) consolidada foi de R$ 202,90, aumento de 11,1% ante os R$ 182,60 na mesma base de comparação. O Custo do Produto Vendido (CPV) somou R$ 2,592 bilhões, avanço de 12,7%, enquanto o CPV por hectolitro subiu 13,9%, para R$ 70,10.

"Embora nossos 'hedges' de moeda tenham continuado a ser o principal fator adverso, dada a depreciação do real desde o ano passado, nossos hedges de commodity (principalmente cevada e alumínio) foram um importante fator favorável. Ademais, nosso desempenho foi também impactado por uma comparação difícil em RefrigeNanc Brasil, por uma maior depreciação industrial atrelada aos investimentos no Brasil, bem como pelo mix de embalagens em cerveja Brasil", afirma a companhia, em relatório de resultados.

No ano, os volumes totais vendidos pela Ambev acumulam queda de 3,4%, passando de 79,608 milhões de hectolitros de janeiro a junho de 2012 para 76,914 milhões de hectolitros nos seis primeiros meses deste ano.

A receita líquida por hectolitro (ROL/hl) ficou em R$ 198,60, incremento de 12,4% ante a de R$ 176,60 do mesmo período do ano passado. O CPV na mesma base de comparação totalizou R$ 5,215 bilhões, alta de 13,1%, enquanto o CPV por hectolitro subiu 17%, para R$ 67,80.

Aportes

Ambev reiterou as intenções de investimentos de cerca de R$ 3 bilhões no Brasil em 2013, mesmo ante o cenário macroeconômico adverso atual. A empresa informa que a decisão segue as perspectivas positivas de médio e longo prazo para o crescimento orgânico no País.


Globalmente, a empresa realizou investimentos em capex da ordem de R$ 756,4 milhões no segundo trimestre, alta de 20,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. Do montante, R$ 559 milhões foram destinados apenas para o Brasil. No ano, os investimentos totais da companhia (capex) no mundo somam R$ 1,3 bilhão.

Recentemente no Brasil, a empresa anunciou a ampliação da unidade de Lages (SC), com aportes de R$ 140 milhões até 2014. Outras obras também já foram anunciadas para esse ano, dentre elas as novas fábricas em Minas Gerais e no Paraná, além do aporte de R$ 71 milhões para a construção de uma nova linha de produção de garrafas retornáveis na filial Cebrasa, em Anápolis (Goiás).

"Embora seja verdade que o cenário continua sendo desafiador e difícil de se prever, acreditamos que se continuarmos executando o plano revisado para o ano devemos ser capazes de melhorar ainda mais nosso Ebitda", disse a empresa, no documento.

No segundo semestre, a Ambev continuará com foco na estratégia de embalagens econômicas, já que durante o segundo trimestre, a ação melhorou volumes e manteve rentabilidade, "a despeito da pressão de curto prazo trazida pela inflação mais alta de alimentos e pela desaceleração do crescimento da renda disponível".

Guidances

A companhia ainda reiterou todos os guidances financeiros e operacionais para o ano relativos às operações brasileiras e que foram divulgados no primeiro trimestre.

A Ambev segue com a expectativa de que a indústria de cerveja no Brasil fique estável ou até tenha uma queda de um dígito porcentual baixo; de que a receita operacional líquida (ROL) por hectolitro consolidada no Brasil cresça a um dígito porcentual alto; que o Custo do Produto Vendido (CPV) por hectolitro avance entre um dígito porcentual alto e dois dígitos porcentuais baixos (sendo um crescimento de 17% a 19% para o segmento de refrigerantes e bebidas não alcoólicas) e que as despesas gerais e administrativas (SG&A, na sigla em inglês) cresça abaixo da inflação.

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