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Light investirá R$2 bi para combater perdas em 5 anos

Companhia vai investir no combate às perdas na distribuição de energia nos próximos cinco anos, como parte do esforço para cumprir metas estabelecidas pela ANT


	Torre de energia: do investimento total, cerca de 1,25 bilhão de reais virá de recursos próprios dos acionistas da Light
 (Adriano Machado/Bloomberg)

Torre de energia: do investimento total, cerca de 1,25 bilhão de reais virá de recursos próprios dos acionistas da Light (Adriano Machado/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2013 às 18h17.

São Paulo - A empresa de energia Light vai investir cerca de 2 bilhões de reais no combate às perdas na distribuição de energia nos próximos cinco anos, como parte do esforço para cumprir metas estabelecidas pelo regulador para o terceiro ciclo de revisão tarifária da distribuidora, informou o presidente da empresa nesta segunda-feira.

"Dentro desse ambiente de investimentos específicos na área de perdas de energia elétrica, é importante ressaltar que estamos considerando a instalação de cerca de 1 milhão de medidores inteligentes", disse o presidente Paulo Roberto Pinto em teleconferência com analistas.

Do investimento total, cerca de 1,25 bilhão de reais virá de recursos próprios dos acionistas da empresa. Outros 750 milhões de reais virão de obrigações especiais oriundos dos consumidores, recursos aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A Light, que distribui energia a 31 municípios no Estado do Rio de Janeiro, tem altos índices de perda de energia por furto, que representam perda de faturamento de 2 bilhões de reais por ano. As perdas são combatidas com instalação de tecnologias, como os medidores eletrônicos, e recuperação de clientes por meio de ação conjunta com o governo.

Para o terceiro ciclo de revisão tarifária, a Aneel atendeu pleitos da Light relacionados às metas de perda e a companhia assumiu compromissos.

A Light tem que reduzir o percentual de perdas não-técnicas (comerciais, por furto de energia) de cerca de 43 por cento atualmente para 39,92 por cento em 2015. Caso a distribuidora não atinja a meta em dois anos, a Aneel poderá reduzir o volume das obrigações especiais considerados para o futuro.

"A Light não tem contingência de devolução dos recursos caso não performe ao final de dois anos. O que foi investido em até 2 anos é deduzido da base das obrigações especiais. Dali pra frente, não performando, há uma redução natural, de cortes futuros das obrigações especiais", disse o executivo.

O processo licitatório para contratação dos medidores de energia está sendo fechado, segundo o presidente, e até o final do mês deve ser anunciado resultado.

"A Light tem trabalhando com uma redução média de perdas da ordem de 1,8 por cento ao ano e isso significa alguma coisa de aproximadamente 60 a 70 milhões de reais/ano (...), de crescimento da nossa receita", disse o executivo, ao acrescentar que a empresa está fechando o planejamento econômico-financeiro para os próximos cinco anos.

O plano deve ser levado à aprovação do Conselho de Administração da empresa no início de dezembro, segundo o executivo, e trará mais detalhes dos investimentos totais a serem realizados pela empresa também em outros setores.

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