ESG
Apresentado por ESPRO

Programa Jovem Aprendiz é chave para ESG e diversidade

Por ser uma exigência da lei, empresas veem a política pública apenas como obrigação, e não como oportunidade de agenda

Julya de Araujo Alexandre, embaixadora Ryla. (Espro/Divulgação)

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Publicado em 28 de junho de 2024 às 10h45.

Última atualização em 28 de junho de 2024 às 11h17.

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O debate sobre ESG — sigla em inglês para temas da empresa relacionados a meio ambiente, questões sociais e de governança — tem ganhado destaque no ambiente corporativo, impulsionado pela crescente conscientização sobre a necessidade de práticas empresariais sustentáveis.

Uma das formas de as organizações atuarem com força nesse pilar é olhar para o social. É sabido que a aprendizagem e o estágio são as melhores portas de entrada para os jovens na vida profissional, e apoiar a juventude nessa jornada pode, de fato, transformar não só a vida de cada indivíduo, mas de toda a sociedade.

Um dos caminhos para isso é o programa Jovem Aprendiz. Instituído pela Lei do Aprendiz, ele é uma ferramenta crucial tanto para o pilar social do ESG quanto para a promoção da diversidade nas organizações.

Dados do Espro (Ensino Social Profissionalizante), associação filantrópica especializada na inclusão de adolescentes e jovens no mundo do trabalho, mostram que oito em cada dez jovens seguem empregados um ano após terem finalizado o programa de aprendizagem do Espro, que prepara os alunos para ingressarem no mercado de trabalho, sendo muitos deles encaminhados às empresas via o programa Jovem Aprendiz. Desses, 70% trabalham com carteira assinada e 21% são efetivados na empresa em que foram aprendizes.

Kelvin Auerbach dos Santos, embaixador Ryla. (Espro/Divulgação)

Além disso, 60% dos jovens que foram aprendizes seguem estudando e trabalhando. O índice equivale ao de países como Suécia e Noruega, usando como base de comparação estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

“O maior agente de transformação é o social”, destaca Alessandro Saade, superintendente executivo da organização não governamental Espro. “Quando a empresa investe em jovens em situação de vulnerabilidade social, esse jovem tem a oportunidade de evoluir na sociedade em termos de condições socioeconômicas, mas não só. Ele tem a chance de passar a entender que seus atos como cidadão impactam o todo, inclusive o meio ambiente, e levar essa consciência para sua família e comunidade. É quando a transformação realmente acontece de uma forma ampla.”

Diversidade social

Nesse sentido, a Lei do Jovem Aprendiz é uma janela de oportunidades. A política pública obriga as empresas a contratarem aprendizes, mas, segundo Saade, muitas empresas veem isso apenas como uma obrigação, e não como uma oportunidade de inclusão social e desenvolvimento.

“A lei é uma das políticas públicas mais eficientes que temos, mas as empresas ainda têm dificuldade em relacioná-la ao S do ESG. Sempre fazemos essa provocação para as organizações: ‘quanto a sua empresa é diversa e trabalha a inserção de inclusão?’ Quando você traz um jovem em situação de vulnerabilidade social para dentro da organização, ele traz uma visão de mundo e uma perspectiva diferente sobre problemas e oportunidades que ninguém mais traria”, explica. “Isso é ampliar a diversidade também.” Diversos estudos já demonstraram a importância da diversidade para a inovação e melhores resultados financeiros.

O Espro capacita jovens em situação de vulnerabilidade social, preparando-os para o mercado de trabalho e contribuindo com a diversidade nas empresas.

Em 2024, o Espro projeta a inclusão de mais de 40 mil jovens para o mercado de trabalho, sendo no mínimo 35 mil por meio do Programa de Aprendizagem, para jovens entre 14 e 24 anos, e 5 mil por meio do projeto de Formação para o Mundo do Trabalho (FMT), voltado para jovens de 14 a 22 anos de idade. 45 anos de atividades em 2024, o Espro já encaminhou, ao longo de sua trajetória, mais de 580 mil jovens para sua primeira oportunidade de emprego e mais de 1,4 milhão de atendimentos sociais.

“As empresas que reconhecem e investem nessa iniciativa estão não apenas cumprindo suas obrigações legais, mas também contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva, enquanto fortalecem sua governança e sustentabilidade a longo prazo.”

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