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Héctor Núñez, ex-presidente do Walmart no Brasil, deixa a empresa

Executivo era pressionado a melhorar o desempenho da varejista no país

Núñez: pedido de demissão após ser transferido para o sul dos Estados Unidos (GUSTAVO LOURENÇAO/Valor)

Núñez: pedido de demissão após ser transferido para o sul dos Estados Unidos (GUSTAVO LOURENÇAO/Valor)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2010 às 14h50.

São Paulo - O cubano Héctor Núñez, ex-presidente do Walmart no Brasil, não é mais executivo da varejista americana. Núñez, que no início de setembro deixou a subsidiária brasileira para assumir a operação da empresa no sul dos Estados Unidos, pediu demissão há cerca de uma semana.

Segundo comunicado enviado pelo Walmart aos funcionários, o executivo alegou motivos familiares para deixar a empresa e permanecer no Brasil, onde mora com a mulher, uma brasileira.

Após dois como presidente da operação do Brasil, Núñez teve sua transferência anunciada para os Estados Unidos no dia 10 de setembro. Em seu lugar, assumiu o brasileiro Marcos Samaha, que estava na subsidiária do Walmart na América Central. Núñez estava sob pressão pela melhoria dos resultados da empresa, a terceira maior varejista do país com faturamento de 19,7 bilhões de reais em 2009.

"Estamos com números excelentes em vendas, mas razoáveis em rentabilidade", afirmou Núñez em entrevista a EXAME no início de setembro. A maior parte das ineficiências deve-se à dificuldade de integração das três unidades regionais da empresa, um problema que se arrasta desde as aquisições das redes Sonae e Bom Preço feitas pelo Walmart há cerca de cinco anos. "Demoramos para fazer a integração, e isso deixou nossa estrutura cada vez mais complexa", afirmou o executivo na entrevista.

Na operação do sul dos Estados Unidos, Núñez participou de uma reunião de planejamento das ações de final de ano e chegou a fazer uma apresentação aos funcionários no final do mês passado. Semanas depois, retornou ao Brasil e comunicou à matriz sua decisão de deixar a empresa. O Walmart não informa o destino do executivo.

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