Grupo francês Tereos compra usina de cana-de-açúcar no Brasil
Paris - A cooperativa francesa Tereos anunciou nesta segunda-feira ter alcançado um acordo para comprar nova usina processadora de cana-de-açúcar no Brasil por 154 milhões de euros (188 milhões de dólares) através da Guarani, sua filial brasileira, da qual controla 69%. Com esta nova operação, a Guarani, que se encarregará dos 100% da usina processadora […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
Paris - A cooperativa francesa Tereos anunciou nesta segunda-feira ter alcançado um acordo para comprar nova usina processadora de cana-de-açúcar no Brasil por 154 milhões de euros (188 milhões de dólares) através da Guarani, sua filial brasileira, da qual controla 69%.
Com esta nova operação, a Guarani, que se encarregará dos 100% da usina processadora de cana-de-açúcar Mandu, localizada em São Paulo, reforça sua posição na indústria açucareira do Brasil, com uma capacidade total de 20,6 milhões de toneladas de açúcar para a temporada 2009/2010, repartidas entre produção de etanol e de cana-de-açúcar.
A usina de Mandu, fundada em 1980, produz 3,5 milhão de toneladas de açúcar.
Em março, a cooperativa Tereos anunciou que tinha intenções de reunir suas atividades de diversificação (amido, cana, energia, álcool) dentro de uma nova filial, a Tereos Internacional, que deverá ser cotada na bolsa de São Paulo e na de Paris.
Tereos International compreenderá as atividades da Guarani e os ativos relativos a cereais da Tereos na Europa - incluindo a França -, além de seus ativos de cana-de-açúcar no Oceano Índico, precisou a Tereos.
A operação deverá ser aprovada pelos acionistas da Guarani, aos quais a Tereos oferece um prêmio de 20% por ação. A operação deve ser concluída no final de junho próximo.
O objetivo da Tereos Internacional é ser líder mundial do setor agroalimentar e das bioenergias, con una cifra anual de negócios de 2,5 bilhões de dólares (2009).
Tereos, cuja sede fica em Lille (norte da França), está presente na Europa, no Brasil - desde 2002 - e na África (Moçambique e Ilha da Reunião).
Conta com 12.000 agricultores associados e 13.500 empregados permanentes que processam beterraba, cana-de-açucar, amido, álcool e bioetanol.