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Governo de Angola e empresários africanos querem comprar aviões da Embraer

O Brasil abriu mais uma linha de crédito - a quarta - de U$ 1 bilhão via BNDES voltada a projetos de empresas brasileiras em Angola

A economia angolana cresceu 14,3% em 2008, mas, com a turbulência da economia mundial, viu a taxa cair para 2,4% no ano passado
DR

Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2010 às 20h58.

Maputo - O governo de Angola quer comprar dois aviões executivos da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer). E empresas comerciais de aviação do país também estão interessadas em adquirir jatos da fabricante brasileira. A informação foi dada pelo secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral, durante visita de dois dias a Luanda, capital de Angola.

Segundo ele, esses são alguns dos muitos negócios que podem surgir entre os dois países em futuro próximo. “A demanda angolana voltou aos patamares anteriores aos da crise internacional”, disse Barral. “No ano passado, Angola foi muito afetada pela crise e pelas variações do preço do petróleo".

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A economia angolana cresceu 14,3% em 2008, mas, com a turbulência da economia mundial, viu a taxa cair para 2,4% no ano passado. Segundo o governo angolano, a previsão para 2011 é de 7,6% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). E a volta ao crescimento de dois dígitos (previsão de 15,5%) em 2012.

O Brasil abriu mais uma linha de crédito - a quarta - de U$ 1 bilhão via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), voltada a projetos de empresas brasileiras em Angola, incluindo aquisição de equipamentos do Brasil. Angola é um dos principais destinos das exportações nacionais. Em 2008, antes da crise, as vendas atingiram o pico de US$ 1,97 bilhão, fazendo de Angola o maior parceiro do Brasil na África. Em 2009, as exportações caíram para US$ 1,33 bilhão. Em 2010 somaram, até outubro, US$ 771,9 milhões.

Angola também está interessada em atrair investimentos brasileiros para os setores de agronegócio e infraestrutura, disse o secretário do MDIC. O país teve a agricultura e as estruturas básicas destruídas pela guerra civil, que acabou em 2002.

Além da agenda com líderes do governo angolano, Welber Barral está em Luanda liderando uma comitiva de 25 empresários brasileiros dos setores de alimentos e bebidas, casa e móveis, material de construção, máquinas e equipamentos industriais, máquinas agrícolas e serviços. O grupo participou, nesta segunda-feira (29), do lançamento do primeiro Centro de Negócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) no Continente Africano.

A missão comercial terminará na África do Sul, onde o secretário irá encontrar-se com a vice-ministra do Comércio sul-africano, Thandi Tobias-Pokolo, para discutir o alargamento do acordo já existente entre Mercosul e União Aduaneira da África Austral (Sacu, na sigla em inglês). “Há uma complementariedade econômica que precisa ser melhor aproveitada”, afirmou Barral. Nos primeiros dez meses de 2010, as exportações brasileiras para a África do Sul somaram US$ 1,1 bilhão, aumento de 5,2% sobre o mesmo período do ano passado.

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