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Governo acredita que OGX devolverá Tubarão Azul em 2014

Segundo fonte, devolução do campo que pertence a petroleira de Eike Batista já é dada como praticamente certa pelo governo

Plataforma de petróleo da OGX: governo está certo de que irá receber de volta Tubarão Azul (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2013 às 21h48.

Rio de Janeiro - A devolução do campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos, que pertence à OGX, petroleira do grupo EBX, de Eike Batista, já é dada como praticamente certa pelo governo, segundo disse à Reuters uma alta fonte com conhecimento direto do assunto.

Em meio a problemas financeiros associados à crise de credibilidade do grupo e à baixa produção dos poços de Tubarão Azul, a OGX deve devolver seu único campo em produção no mar ao governo em 2014.

"Nossa expectativa é que Tubarão Azul produza só até o meio do ano que vem em função do custo e da plataforma que está lá", disse a fonte à Reuters, que pediu para não ser identificada.

A Reuters tentou sem sucesso entrar em contato com representantes da OGX por telefone.

No início de julho, a petrolífera informou que não mais investirá no aumento da produção de Tubarão Azul e que a extração poderá parar no ano que vem, por falta de tecnologia capaz de viabilizar economicamente investimentos adicionais.

"A plataforma que está lá é uma FPSO (unidade de produção afretada), e para ela ser viável economicamente precisa de mais produção", acrescentou a fonte, dizendo que o governo não pode obrigar a empresa a operar com prejuízo.

Segundo a fonte, a OGX tem dificuldades em manter em Tubarão Azul uma estrutura cara de produção e a situação financeira atual da companhia não permite o afretamento de uma unidade mais simples e menos onerosa para produzir no campo.

"A vazão lá é baixa e não acredito que eles consigam sobreviver com essa produção, e tudo indica que eles vão querer devolver", disse a fonte.

"Acho que eles não têm como tirar a FPSO de lá, botar em outro lugar e ainda arranjar outra para Tubarão Azul para recomeçar novamente", complementou.

Se a devolução se confirmar, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) receberá de volta o campo e poderá colocá-lo à venda em uma futura licitação.

Procurada, a assessoria de imprensa ANP afirmou que a autarquia ainda não tem uma decisão sobre o plano de desenvolvimento de Tubarão Azul, mas que uma posição poderá ser tomada em breve.

Um primeiro plano de desenvolvimento de Tubarão Azul já foi rejeitado pelo corpo técnico da ANP, segundo uma fonte da agência, que também falou na condição de anonimato.

A forma de uma eventual venda de Tubarão Azul terá que ser mais estudada, avaliou a fonte, visto que já houve atividade no campo e há informações mais precisas sobre geologia e capacidade de produção dos poços.

"Com certeza, com a devolução, vai para leilão outra vez. Mas tem que ver que essa é uma área de baixa produção", frisou.

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Rio de Janeiro - A devolução do campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos, que pertence à OGX, petroleira do grupo EBX, de Eike Batista, já é dada como praticamente certa pelo governo, segundo disse à Reuters uma alta fonte com conhecimento direto do assunto.

Em meio a problemas financeiros associados à crise de credibilidade do grupo e à baixa produção dos poços de Tubarão Azul, a OGX deve devolver seu único campo em produção no mar ao governo em 2014.

"Nossa expectativa é que Tubarão Azul produza só até o meio do ano que vem em função do custo e da plataforma que está lá", disse a fonte à Reuters, que pediu para não ser identificada.

A Reuters tentou sem sucesso entrar em contato com representantes da OGX por telefone.

No início de julho, a petrolífera informou que não mais investirá no aumento da produção de Tubarão Azul e que a extração poderá parar no ano que vem, por falta de tecnologia capaz de viabilizar economicamente investimentos adicionais.

"A plataforma que está lá é uma FPSO (unidade de produção afretada), e para ela ser viável economicamente precisa de mais produção", acrescentou a fonte, dizendo que o governo não pode obrigar a empresa a operar com prejuízo.

Segundo a fonte, a OGX tem dificuldades em manter em Tubarão Azul uma estrutura cara de produção e a situação financeira atual da companhia não permite o afretamento de uma unidade mais simples e menos onerosa para produzir no campo.

"A vazão lá é baixa e não acredito que eles consigam sobreviver com essa produção, e tudo indica que eles vão querer devolver", disse a fonte.

"Acho que eles não têm como tirar a FPSO de lá, botar em outro lugar e ainda arranjar outra para Tubarão Azul para recomeçar novamente", complementou.

Se a devolução se confirmar, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) receberá de volta o campo e poderá colocá-lo à venda em uma futura licitação.

Procurada, a assessoria de imprensa ANP afirmou que a autarquia ainda não tem uma decisão sobre o plano de desenvolvimento de Tubarão Azul, mas que uma posição poderá ser tomada em breve.

Um primeiro plano de desenvolvimento de Tubarão Azul já foi rejeitado pelo corpo técnico da ANP, segundo uma fonte da agência, que também falou na condição de anonimato.

A forma de uma eventual venda de Tubarão Azul terá que ser mais estudada, avaliou a fonte, visto que já houve atividade no campo e há informações mais precisas sobre geologia e capacidade de produção dos poços.

"Com certeza, com a devolução, vai para leilão outra vez. Mas tem que ver que essa é uma área de baixa produção", frisou.

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