Goldman Sachs retoma liderança global em fusões e aquisições
Londres - O Goldman Sachs recuperou a liderança mundial em assessoria de operações de fusões e aquisições no primeiro semestre de 2010, num sinal da resistência do gigante de Wall Street mesmo em um momento em que enfrenta acusações de fraude nos Estados Unidos. Com a atividade de fusões e aquisições ainda deprimida, a participação […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
Londres - O Goldman Sachs recuperou a liderança mundial em assessoria de operações de fusões e aquisições no primeiro semestre de 2010, num sinal da resistência do gigante de Wall Street mesmo em um momento em que enfrenta acusações de fraude nos Estados Unidos.
Com a atividade de fusões e aquisições ainda deprimida, a participação do Goldman Sachs em transações avaliadas em quase 190 bilhões de dólares permitiu à instituição superar o Morgan Stanley, que no ano passado superou o Goldman pela primeira vez desde 1996.
Dados preliminares da Thomson Reuters, divulgados nesta sexta-feira, mostram que as operações de fusão anunciadas atingiram 976 bilhões de dólares no ano até 22 de junho, em linha com os níveis do ano passado.
O Goldman trabalhou em cinco das 10 maiores transações do ano, assessorando Alico (da seguradora AIG), Coca-Cola, Schlumberger, Novartis e Allegheny Energy.
A recuperação da liderança é bem-vinda para o Goldman, uma vez que o banco enfrenta o pior golpe à sua reputação em décadas: uma acusação da SEC, órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos, de fraude na oferta de investimentos atrelados a hipotecas de alto risco.
O Goldman nega qualquer irregularidade, mas o episódio levou parlamentares norte-americanos a questionar o compromisso do banco com o princípio clássico de se colocar os interesses dos clientes em primeiro lugar.
A instituição, cuja área de fusões e aquisições é liderada pelo norte-americano Gordon Dyal desde 2004, não comentou a retomada do primeiro lugar no ranking.
O JPMorgan manteve o terceiro lugar no ranking global e o Bank of America Merrill Lynch ficou em sexto.
O Deutsche Bank subiu da oitava para a quarta posição nos EUA.
Apesar de seu papel na maior operação do ano, a consolidação dos ativos de telecomunicações do mexicano Carlos Slim, o Citigroup caiu da quarta para a sétima posição no ranking mundial.