Goldman Sachs e outras empresas levam multa de 302 mi de euros por cartel
O órgão antitruste da UE disse que o grupo coordenou cartel de cabo por quase 10 anos começando em 1999, compartilhando mercados e alocando clientes
Reuters
Publicado em 12 de julho de 2018 às 12h03.
Última atualização em 12 de julho de 2018 às 12h05.
Luxemburgo - O banco de investimento Goldman Sachs , maior fabricante mundial de cabo Prysmian , a Nexans e oito outras empresas de cabo perderam nesta quinta-feira um recurso contra uma multa de 302 milhões de euros sobre cartel na União Europeia .
As empresas haviam entrado com recurso junto à Corte Geral, a segunda mais alta corte da Europa, pedindo que a decisão da Comissão Europeia de 2014 fosse descartada e que a multa, reduzida.
O órgão antitruste da União Europeia disse que o grupo coordenou um poderoso cartel de cabo por quase 10 anos começando em 1999, compartilhando mercados e alocando clientes entre si. A ABB escapou de uma sanção de 33 milhões de euros por alertar as autoridades.
A corte rejeitou o recurso
"A Corte Geral confirma as multas de mais de 300 milhões de euros que a Comissão impôs sobre os principais produtores europeus e asiáticos de cabos de (extra) alta voltagem pela participação deles em um cartel mundial", disseram os juízes.
A Prysmian recebeu a maior multa, de 104,6 milhões de euros, incluindo a multa conjunta de 37,3 milhões de euros com o Goldman Sachs. O banco adquiriu a empresa italiana por meio de seus fundos de private equity em 2005, mas vendeu sua participação posteriormente.
Outros membros do cartel são as empresas japonesas de cabo Exsym Corporation, J-Power Systems Corporation e Viscas Corporation, além da coreana LS Cable & System e da General Cable, por meio de sua subsidiária Silec.
Foram aplicadas multas ainda para a dinamarquesa NKT Holding, a sul-coreana Taihan Electric Wire, além de Mitsubishi Cable Industries, Sumitomo Electric Industries e Hitachi Metals Ltd. Sumitomoe Hitachi eram as antigas donas da J-Power Systems.
Órgãos antitruste no Japão, Coreia do Sul e Austrália já cobraram multas de milhões de dólares de empresas de cabo por práticas anticompetitivas.