Galp quer obter 2 bi de euros com capitalização no Brasil
A empresa tem participações minoritárias em grandes descobertas brasileiras de petróleo e prospecções
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2011 às 13h09.
Lisboa - A companhia de petróleo portuguesa Galp Energia planeja levantar quase 2 bilhões de euros (cerca de 2,8 bilhões de dólares) em um aumento do capital da sua unidade brasileira no segundo semestre de 2011, informou a companhia nesta segunda-feira.
"Para fortalecer a estrutura de capital, a Galp anuncia que iniciou um processo de aumento de capital em sua filial no Brasil...que deve ser concluído na segunda metade de 2011", afirmou a empresa em um comunicado no dia em que está realizando apresentação fechada a agentes do mercado de capitais no Rio de Janeiro.
No final do ano passado a espanhola Repsol realizou aumento de capital de 7,11 bilhões de dólares também como seus ativos brasileiros. O aumento foi subscrito integralmente pela chinesa Sinopec.
A Galp tem participações minoritárias em grandes descobertas brasileiras de petróleo e prospecções, incluindo 10 por cento de participação na enorme reserva do campo de Lula (ex-Tupi), do pré-sal da bacia de Santos.
Analistas têm dúvidas de se a Galp, refinadora e novata no mundo do petróleo, será capaz de financiar a sua parte dos caros projetos de exploração no Brasil.
A Galp acrescentou que espera gastos com capital para a companhia como um todo no período entre 2012 e 2025 em cerca de 3,5 bilhões de euros, enquanto a despesa com capital para este ano é estimada entre 1,2 bilhão e 1,5 bilhão de euros.
A empresa ainda disse que espera que os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, conhecido pela sigla em inglês Ebitda, aumentem a uma taxa de crescimento de 15 por cento para o período entre 2010 e 2015.
Sobre atividades de upstream, a Galp anunciou uma nova meta de produção de aproximadamente 200 mil barris de óleo equivalente por dia a ser atingido em 2020, 10 vezes o volume registrado em 2010.
Também foi determinada uma nova meta de atingir uma taxa de produção de 300 mil barris de petróleo equivalente por dia antes de 2025.