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Gafisa chega à última etapa de reestruturação

Incorporadora chegou à etapa final de seu processo de reestruturação com venda de 70% da Alphaville para fundos Pátria e Blackstone

Obra do edifício Stelato da construtora Gafisa: companhia reduzirá seu endividamento com recursos da venda, pagará remuneração a acionistas e fará uma recompra de ações de Tenda (ALEXANDRE BATTIBUGLI / EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2013 às 20h33.

Rio de Janeiro - A incorporadora Gafisa chegou à etapa final de seu processo de reestruturação iniciado há dois anos, com a conclusão da venda de 70 por cento da Alphaville para os fundos Pátria e Blackstone.

Com os recursos da venda, que avaliou a unidade em 2 bilhões de reais, a Gafisa reduzirá seu endividamento, pagará remuneração a acionistas e fará uma recompra de ações de Tenda.

O lucro esperado da transação, líquido de impostos e despesas relacionadas, é de aproximadamente 458,6 milhões de reais, informou a incorporadora em comunicado publicado nesta segunda-feira.

"A entrada desses recursos vai permitir à Gafisa alcançar uma estrutura de capital saudável, com um nível de alavancagem adequado para sua operação", disse no documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A empresa pretende amortizar pelo menos 700 milhões de reais de dívidas corporativas com vencimento nos próximos 12 meses, um montante que representa cerca de 70 por cento de seu endividamento corporativo até dezembro de 2014.

Desta forma, a Gafisa será beneficiada com a otimização de seu perfil financeiro, redução das despesas financeiras e alongamento do prazo médio da dívida.

Outra parcela dos recursos será utilizada para o pagamento de remuneração a acionistas, cujas estimativas iniciais apontam para uma de distribuição de cerca de 100 milhões de reais.


Além disso, o Conselho de Administração da Tenda - unidade voltada para a baixa renda da incorporadora - aprovou a recompra de até 10 por cento dos papéis, ou 32,9 milhões de ações, da Gafisa, sua controladora.

O programa de recompra está condicionado à manutenção da dívida líquida consolidada da Gafisa em um nível igual ou inferior a 60 por cento de seu patrimônio líquido.

"Ao reduzir substancialmente seu nível de alavancagem para abaixo de 60 por cento, os recursos da venda irão fortalecer seu balanço e posicionar a Gafisa para atingir um melhor nível de rentabilidade", adicionou a companhia.

Nos últimos dois anos, a companhia estava preocupada em trazer capital de volta, estabilizar a operação do ponto de vista de eficiência, concentrada nas operações das unidades Gafisa e Tenda, depois de ter suspendido temporariamente os lançamentos da unidade de baixa renda.

"A conclusão dessa operação marca o processo final de execução do plano estratégico da companhia", disse a Gafisa.

A venda do controle da Alphaville, sua unidade de loteamento urbano de alto pradrão, foi anunciada em junho.

Os recursos provenientes da transação, após os ajustes previstos no contrato totalizam 1,54 bilhão de reais, sendo 1,25 bilhão de reais mediante o pagamento do fundo AE, sociedade entre Pátria e Blackstone. Outros 290 milhões de reais foram recebidos por meio de dividendos distribuídos pela Alphaville.

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Rio de Janeiro - A incorporadora Gafisa chegou à etapa final de seu processo de reestruturação iniciado há dois anos, com a conclusão da venda de 70 por cento da Alphaville para os fundos Pátria e Blackstone.

Com os recursos da venda, que avaliou a unidade em 2 bilhões de reais, a Gafisa reduzirá seu endividamento, pagará remuneração a acionistas e fará uma recompra de ações de Tenda.

O lucro esperado da transação, líquido de impostos e despesas relacionadas, é de aproximadamente 458,6 milhões de reais, informou a incorporadora em comunicado publicado nesta segunda-feira.

"A entrada desses recursos vai permitir à Gafisa alcançar uma estrutura de capital saudável, com um nível de alavancagem adequado para sua operação", disse no documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A empresa pretende amortizar pelo menos 700 milhões de reais de dívidas corporativas com vencimento nos próximos 12 meses, um montante que representa cerca de 70 por cento de seu endividamento corporativo até dezembro de 2014.

Desta forma, a Gafisa será beneficiada com a otimização de seu perfil financeiro, redução das despesas financeiras e alongamento do prazo médio da dívida.

Outra parcela dos recursos será utilizada para o pagamento de remuneração a acionistas, cujas estimativas iniciais apontam para uma de distribuição de cerca de 100 milhões de reais.


Além disso, o Conselho de Administração da Tenda - unidade voltada para a baixa renda da incorporadora - aprovou a recompra de até 10 por cento dos papéis, ou 32,9 milhões de ações, da Gafisa, sua controladora.

O programa de recompra está condicionado à manutenção da dívida líquida consolidada da Gafisa em um nível igual ou inferior a 60 por cento de seu patrimônio líquido.

"Ao reduzir substancialmente seu nível de alavancagem para abaixo de 60 por cento, os recursos da venda irão fortalecer seu balanço e posicionar a Gafisa para atingir um melhor nível de rentabilidade", adicionou a companhia.

Nos últimos dois anos, a companhia estava preocupada em trazer capital de volta, estabilizar a operação do ponto de vista de eficiência, concentrada nas operações das unidades Gafisa e Tenda, depois de ter suspendido temporariamente os lançamentos da unidade de baixa renda.

"A conclusão dessa operação marca o processo final de execução do plano estratégico da companhia", disse a Gafisa.

A venda do controle da Alphaville, sua unidade de loteamento urbano de alto pradrão, foi anunciada em junho.

Os recursos provenientes da transação, após os ajustes previstos no contrato totalizam 1,54 bilhão de reais, sendo 1,25 bilhão de reais mediante o pagamento do fundo AE, sociedade entre Pátria e Blackstone. Outros 290 milhões de reais foram recebidos por meio de dividendos distribuídos pela Alphaville.

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