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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
"Sabemos que esta decisão vai ter um impacto dramático sobre nossos funcionários e fornecedores. Mas é, no entanto, a atitude certa para nossos clientes, nossos revendedores e nosso futuro", afirmou o presidente.
Para todo o ano de 2006, a Ford planeja produzir 3,048 milhões de veículos nas unidades da América do Norte - 1,134 milhão de carros e 1,914 milhão de caminhões -, o que representaria uma queda de 9% frente a 2005.
De acordo com o jornal americano The Wall Street Journal, o presidente da montadora tem sido pressionado para cortar mais custos depois que a companhia teve prejuízo de 254 milhões de dólares no segundo trimestre do ano. Segundo fontes próximas à companhia, a Ford planeja fechar mais fábricas e cortar entre 10% e 30% dos custos com salários e benefícios de funcionários.
Se concretizada, a decisão seria um agravamento do plano de recuperação da companhia, que previa redução das despesas com salários de executivos nos Estados Unidos em 10% até o primeiro semestre de 2006, e o fechamento de 14 fábricas até 2012.
A Ford poderia cortar em até 30% os custos que possui com os funcionários de cargos administrativos, com reduções, principalmente, de bônus e benefícios, como pensões. A montadora também deve estimular demissões voluntárias antes de promover cortes na mão-de-obra. Hoje a companhia possui cerca de 35 mil funcionários nos Estados Unidos, depois de cortar mais de 15% de sua força de trabalho no país desde junho de 2005.
Outra forma de cortar custos encontrada pela companhia é o fechamento direto de fábricas. Ainda não se sabe quais unidades estão sendo consideradas, mas a Ford estuda formas de acelerar o já anunciado encerramento das operações de duas fábricas nos Estados Unidos e uma no Canadá.
A diretoria da Ford deve se reunir em 14 de setembro para reavaliar os planos de reestruturação, e a expectativa é de que a decisão final seja divulgada uma semana depois. A montadora também deve anunciar, nessa mesma época, o lançamento de novos produtos, para acalmar os ânimos de investidores.