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Fabricantes japonesas recorrem em massa a vendas de ativos

Companhias como a Panasonic, Sony e Sharp estão vendendo seus imóveis em meio aos esforços para reduzir os custos


	 

	Panasonic planeja levantar até o fim de março US$ 1,34 bilhão com a venda de imóveis e participações acionárias em outras companhias
 (Toru Hanai/Reuters)

  Panasonic planeja levantar até o fim de março US$ 1,34 bilhão com a venda de imóveis e participações acionárias em outras companhias (Toru Hanai/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2012 às 14h57.

Tóquio - A deficitária fabricante japonesa Panasonic tem mais de 10 milhões de metros quadrados em escritórios e fábricas, além de dormitórios para empregados e complexos esportivos.

Em meio aos esforços para reduzir os custos fixos e melhorar o fluxo de caixa, o conglomerado de produtos eletrônicos está procurando compradores para alguns desses ativos.

Outras fabricantes japonesas de TV em situação igualmente difícil, como Sony e Sharp, também estão vendendo imóveis e negócios em um grande "bazar" que pode levantar até 3 bilhões de dólares ao todo.

A Panasonic planeja levantar até o fim de março 1,34 bilhão de dólares com a venda de imóveis e participações acionárias em outras companhias japonesas, disse o vice-presidente financeiro da companhia, Hideaki Kawai, à Reuters.

"Temos muitos imóveis e terrenos no Japão e no exterior", disse Kawai na sede, em Osaka. Ele se recusou a informar quais propriedades estariam à venda, mas disse que a maioria deles fica no Japão.

A Panasonic vai concentrar as atividades em baterias, autopeças e eletrodomésticos, enquanto a Sony vai apostar em smartphones, videogames e câmeras.

A Sharp vai se voltar para telas e está formando alianças com empresas como a Hon Hai e Qualcomm.

A Sony também pode vender imóveis para levantar o capital de que tanto precisa, e é possível que coloque à venda um prédio em Nova York de 37 andares. Essa venda pode render 1 bilhão de dólares à fabricante.

A Sharp hipotecou quase todas suas propriedades para garantir um resgate de 4,6 bilhões de dólares pelos bancos japoneses, e por isso não têm muitos ativos a vender.

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