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Fábrica da GM em São José dos Campos pára por 24 horas

Sindicato local e diretoria divergem sobre índice de reajuste dos salários

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

Uma paralisação de 24 horas foi decretada pelos trabalhadores da fábrica da General Motors (GM) no município paulista de São José dos Campos. O movimento, que começou às 6 horas desta terça-feira (19/9), envolve 9 500 funcionários, entre os turnos da manhã e da tarde. A paralisação é um protesto contra o índice de reajuste salarial proposto pela montadora - 5,47%, mais abono de 400 reais.

Os empregados, liderados pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, querem 7%. De acordo com o sindicato, o principal entrave nas negociações é um acordo assinado entre o Sinfavea (Sindicato Nacional da Indústria de Tratores, Caminhões, Automóveis e Veículos Similares) e as duas maiores centrais sindicais do país - CUT e Força Sindical - no ano passado. Pelo acordo, os metalúrgicos concordaram em receber, nos anos de 2005 e 2006, um reajuste salarial composto pela reposição da inflação, mais aumento real de 1,23%. Com isso, o reajuste que deveria ser aplicado pela GM seria de 4,19%.

O argumento da montadora é que, como membro do Sinfavea, não poderia desrespeitar o acordo e dar um reajuste diferente para os empregados de São José dos Campos - uma das três unidades da empresa no Brasil. As outras duas são as plantas de São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo, e a de Gravataí, no Rio Grande do Sul.

Já o sindicato de São José dos Campos alega que não está submetido ao acordo, porque se desligou da CUT em 2004 - antes da assinatura do documento, portanto - e pertence, desde março deste ano, a outra central sindical, a Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), formada por dissidentes da CUT.

Às 9 horas desta quarta-feira (20/9), a diretoria da GM e os sindicalistas se reunirão para uma nova rodada de negociações. A montadora não informa o teor da proposta que apresentará, nem quantos veículos deixaram de ser produzidos devido à paralisação de hoje.

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