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Executivo-chefe do UBS renuncia após escândalo de buraco financeiro

Oswald Grübel deixa cargo e assume responsabilidade pelo buraco financeiro e Sergio Ermotti é o substituto temporário

O UBS teve um prejuízo em torno de 2 bilhões de euros pelas operações fraudulentas (Ben Stansall/AFP)

O UBS teve um prejuízo em torno de 2 bilhões de euros pelas operações fraudulentas (Ben Stansall/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2011 às 09h15.

Genebra- O executivo-chefe do UBS, Oswald Grübel, apresentou neste sábado sua renúncia para "assumir a responsabilidade" pelo buraco financeiro originado pelas operações irregulares de um agente da bolsa do banco suíço em Londres.

A maior entidade bancária da bolsa tornou oficial a demissão na mesma nota em que informou que Sergio Ermotti substituirá Grübel, de maneira temporária.

O presidente do banco, Kaspar Villiger, manifestou em comunicado: "o conselho de administração lamenta a decisão de Oswald Grübel, que sente como seu dever assumir a responsabilidade pelo recente incidente de operações não autorizadas".

"É o testemunho de seus princípios irrenunciáveis e de sua integridade. Durante seu mandato, conseguiu fazer uma impressionante mudança de rumo e fortaleceu os fundamentos do UBS. Renúncia tendo ajudado o UBS a ser um dos bancos do mundo em melhor situação de capitalização", destacou Villiger.

"Em nome do conselho de administração, faço extensiva minha gratidão por tudo o que fez pelo UBS", acrescentou.

Villiger também agradeceu Ermotti por aceitar o cargo de maneira interina, destacando sua "extensa experiência no exterior", mas não detalhou quando será nomeado o novo executivo-chefe.

No comunicado, o UBS expressou sua "profunda decepção pela recente perda (em torno de 2 bilhões de euros) por causa das operações não autorizadas" e garantiu que apoiará a investigação independente para esclarecer o episódio, garantindo que isto não voltará a acontecer no futuro.

A renúncia de Grübel é consequência das operações irregulares realizadas por Kweko Adoboli, um dos "brokers" dos bancos de investimento do UBS em sua sede de Londres.

As operações são um duro golpe financeiro ao UBS, que recuperou-se após o impacto da crise das hipotecas lixo nos EUA em 2008, e que agora deve voltar a registrar perdas no terceiro trimestre de 2011

O UBS garantiu que as perdas em nenhum caso afetaram ou afetarão as posições de seus clientes.

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