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Entregar para integrar

A estratégia da logística terceirizada na Xerox

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

-- IMEDIAAAAATA!

O auxiliar de apoio logístico Luiz Borges dos Santos chacoalha no ar a requisição que acabou de chegar. Para os funcionários da TNT Logistics que trabalham no centro de distribuição de peças de manutenção da Xerox, em Diadema, na Grande São Paulo, seu grito (que significa "entrega imediata") é a senha que desencadeia uma operação de guerra. Em algum lugar da Grande São Paulo há um técnico da Xerox ao lado de uma copiadora quebrada prestes a arrancar os cabelos porque precisa desesperadamente de uma peça sobressalente. O pessoal da TNT tem de fazê-la chegar até o técnico em no máximo 30 minutos, incluindo o trabalho de encontrá-la entre os mais de 2 milhões de unidades de cerca de 25 000 diferentes peças ali guardadas, separá-la, embalá-la, despachá-la e transportá-la até onde está ocorrendo o problema.

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Quatro anos atrás a própria Xerox cuidava dessa que já foi considerada uma operação estratégica. "Nós fazíamos a distribuição, a armazenagem, o transporte -- tudo", diz Sérgio Argyridis, diretor da cadeia integrada de suprimentos da empresa. "Chegou a um ponto que ou virávamos uma empresa de logística, ou achávamos quem fizesse isso para nós." A Xerox é uma das empresas líderes de seus mercados que estão terceirizando seus serviços logísticos a provedores especializados como estratégia para melhorar o nível de serviço e poder se dedicar mais ao negócio principal (veja quadro na pág. 82).

Há dez anos a Xerox decidiu que não queria mais ser vista como um sinônimo de... bem, de xerox -- e sim como uma empresa de tecnologia em processamento de documentos que oferece soluções de escritório para um mundo em transformação. O Brasil, que sedia a terceira maior subsidiária da companhia, é fundamental nessa estratégia. Era preciso tirar do meio do caminho funções que pudessem ser terceirizadas para concentrar as energias em seu verdadeiro negócio: soluções em documentos digitais.

No ano passado a Xerox entregou a operação do centro nacional de distribuição de suprimentos de Resende, no Rio de Janeiro, para a Flextronics, provedor de serviços logísticos. Há também uma parceria com a Ryder, provedora de serviços logísticos americana, para a gestão dos materiais consumidos internamente na empresa. As economias geradas com essas terceirizações foram enormes. O custo fixo da cadeia integrada de suprimentos caiu para a metade nos últimos quatro anos. No caso das peças de reposição, o custo operacional do efetivo técnico é 30% menor do que em 1999, quando a Xerox fazia tudo dentro de casa. E talvez o mais importante de todos os ganhos: as peças chegam em média 30% mais rapidamente à mão dos técnicos do que antes.

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