Exame Logo

Energisa faz oferta de R$ 1,95 bilhão pelo Grupo Rede

A proposta, que ainda deverá ser avaliada, estima R$ 850 milhões a serem destinados aos credores do Grupo Rede

Grupo Rede: no caso dos credores com garantia real, há uma oferta de pagamento do valor proposto em parcela única, a ser liquidada em um prazo de 22 anos (NANI GOIS)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2013 às 13h05.

São Paulo - A Energisa apresentou as condições de sua proposta para aquisição e recuperação do Grupo Rede.

Os termos revelados pelo Goldman Sachs, assessor financeiro da Energisa nesse processo, são válidos exclusivamente para esta quarta-feira, 3, conforme destacado pelos representantes da companhia.

A proposta, que ainda deverá ser avaliada pelos credores do Rede, está estimada em R$ 1,95 bilhão, dos quais R$ 850 milhões a serem destinados aos credores com garantia real e R$ 1,1 bilhão aos credores quirografários.

Esse valor não inclui o montante previsto no Plano Aneel, estimado pela Energisa em um valor adicional de R$ 1,1 bilhão.

A cada grupo de credores foram apresentadas três alternativas. No caso dos credores com garantia real, há uma oferta de pagamento do valor proposto em parcela única, a ser liquidada em um prazo de 22 anos. O montante será corrigido anualmente por uma variação da taxa de referência (TR) mais 2%.

A segunda opção também prevê o pagamento em parcela única em um total de 22 anos, mas com correção de TR mais 4%.

A diferença, nesse caso, é explicada porque, na segunda opção, a Energisa vincula as condições ao ingresso de "dinheiro novo" dos próprios credores na empresa. O valor do aporte deve respeitar a relação de 90% sobre o valor devido ao credor.

A terceira opção prevê o pagamento à vista, mas com desconto de 75% sobre o valor devido - a proposta anterior, de CPFL/Equatorial, apontava um desconto de 85%.

Para os credores quirografários, a opção A prevê o pagamento sem desconto dentro de 22 anos, com juros de 1%. A opção B também prevê que os credores aportem "dinheiro novo" na empresa, na proporção de 90% de crédito, com correção anual de IPCA mais 1% e pagamento dentro de 22 anos.


Na terceira opção, o pagamento seria feito em até 30 dias após a homologação da decisão, com desconto de 75% sobre o valor total.

A conclusão dos representantes da Energisa é de que a proposta feita pelo grupo traz um valor presente líquido (VPL) superior à oferta de CPFL/Equatorial em um total entre R$ 650 milhões e R$ 750 milhões.

Credores

Após a apresentação da proposta da Energisa, o representante do consórcio CPFL/Equatorial na assembleia alertou que a oferta da Energisa prevê que os próprios credores do Rede precisarão aportar R$ 630 milhões na companhia.

O prazo para a decisão é de até 60 dias. "Se um credor não fizer (o aporte), não há plano", destacou o advogado Eduardo Munhoz, que representa CPFL/Equatorial.

Munhoz também ponderou que os credores devem "analisar a coerência, a credibilidade e a seriedade do trabalho" de CPFL/Equatorial ao longo do último ano juntamente com os controladores do Grupo Rede.

Veja também

São Paulo - A Energisa apresentou as condições de sua proposta para aquisição e recuperação do Grupo Rede.

Os termos revelados pelo Goldman Sachs, assessor financeiro da Energisa nesse processo, são válidos exclusivamente para esta quarta-feira, 3, conforme destacado pelos representantes da companhia.

A proposta, que ainda deverá ser avaliada pelos credores do Rede, está estimada em R$ 1,95 bilhão, dos quais R$ 850 milhões a serem destinados aos credores com garantia real e R$ 1,1 bilhão aos credores quirografários.

Esse valor não inclui o montante previsto no Plano Aneel, estimado pela Energisa em um valor adicional de R$ 1,1 bilhão.

A cada grupo de credores foram apresentadas três alternativas. No caso dos credores com garantia real, há uma oferta de pagamento do valor proposto em parcela única, a ser liquidada em um prazo de 22 anos. O montante será corrigido anualmente por uma variação da taxa de referência (TR) mais 2%.

A segunda opção também prevê o pagamento em parcela única em um total de 22 anos, mas com correção de TR mais 4%.

A diferença, nesse caso, é explicada porque, na segunda opção, a Energisa vincula as condições ao ingresso de "dinheiro novo" dos próprios credores na empresa. O valor do aporte deve respeitar a relação de 90% sobre o valor devido ao credor.

A terceira opção prevê o pagamento à vista, mas com desconto de 75% sobre o valor devido - a proposta anterior, de CPFL/Equatorial, apontava um desconto de 85%.

Para os credores quirografários, a opção A prevê o pagamento sem desconto dentro de 22 anos, com juros de 1%. A opção B também prevê que os credores aportem "dinheiro novo" na empresa, na proporção de 90% de crédito, com correção anual de IPCA mais 1% e pagamento dentro de 22 anos.


Na terceira opção, o pagamento seria feito em até 30 dias após a homologação da decisão, com desconto de 75% sobre o valor total.

A conclusão dos representantes da Energisa é de que a proposta feita pelo grupo traz um valor presente líquido (VPL) superior à oferta de CPFL/Equatorial em um total entre R$ 650 milhões e R$ 750 milhões.

Credores

Após a apresentação da proposta da Energisa, o representante do consórcio CPFL/Equatorial na assembleia alertou que a oferta da Energisa prevê que os próprios credores do Rede precisarão aportar R$ 630 milhões na companhia.

O prazo para a decisão é de até 60 dias. "Se um credor não fizer (o aporte), não há plano", destacou o advogado Eduardo Munhoz, que representa CPFL/Equatorial.

Munhoz também ponderou que os credores devem "analisar a coerência, a credibilidade e a seriedade do trabalho" de CPFL/Equatorial ao longo do último ano juntamente com os controladores do Grupo Rede.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEnergia elétricaEnergisaFusões e AquisiçõesRede EnergiaServiços

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame