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Eike tentará um último plano de resgate da OGX, dizem fontes

A empresa estaria solicitando pelo menos US$ 250 milhões de capital fresco a um grupo de investidores no esforço de evitar a falência

Eike Batista: a OGX perdeu 88%% do seu valor neste ano, até ontem, o que expulsou Batista do índice de bilionários da Bloomberg em julho (Patrick Fallon/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2013 às 06h45.

São Paulo e Rio de Janeiro - A OGX Petróleo Gás Participações SA , de Eike Batista, está solicitando pelo menos US$ 250 milhões de capital fresco a um grupo de investidores no esforço de evitar a falência , afirmaram duas fontes com conhecimento direto do assunto.

A injeção de capital para a OGX faria parte de uma reestruturação na qual Batista solicitará aos detentores de títulos que convertam US$ 3,6 bilhões de dívida em ações da OGX, diluindo o papel do empresário na companhia, disseram as fontes, que pediram o anonimato, pois as discussões são privadas.

Os investidores, entre eles o fundo soberano de Abu Dhabi, a Petroliam Nasional Bhd, da Malásia, e empresas de aquisição serão convidados a participar no acréscimo de capital, que poderia alcançar US$ 500 milhões, de acordo com as fontes.

O ex-bilionário está tentando refinanciar e arrecadar capital depois que a produção da OGX colapsou no primeiro projeto da companhia, levando o Deutsche Bank AG a prever que a empresa ficaria sem dinheiro para o final deste trimestre. A maioria dos credores pensa que a OGX procuraria a proteção contra a falência, sem o swap de dívida e capital fresco, disseram as fontes.

“Se eu fosse um detentor de títulos, o que eu mais gostaria de ver é que um operador forte como a Petronas assumisse o controle da OGX”, disse Michael Roche, estrategista de mercados emergentes no Seaport Group LLC, em entrevista por telefone de Nova York, em 4 de setembro.

Batista planeja apresentar uma proposta formal sobre a reestruturação de dívida aos credores nesta semana e as negociações já estão em andamento, informaram as fontes.

A OGX, sediada no Rio de Janeiro, não quis fazer comentários sobre as negociações pela reestruturação da dívida em perguntas que lhe foram enviadas por e-mail.


Acordo com a Petronas

Um porta-voz do fundo de Abu Dhabi, Mubadala Development Co., não quis fazer comentários sobre as negociações. Azman Ibrahim, porta-voz da Petronas, não respondeu a um e-mail solicitando comentários.

A OGX perdeu 88 por cento do seu valor neste ano, até ontem, o que expulsou Batista do índice de bilionários da Bloomberg em julho.

Um comitê de detentores de títulos liderado pela Pacific Investment Management Co. e outros fundos internacionais representa os investidores em mais da metade da dívida pendente. Muitos detentores sinalizaram que eles poderiam aceitar uma conversão da dívida em capital desde que Batista ceda o controle da OGX, afirmou uma terceira fonte.

A Petronas disse, no mês passado, que sua compra pendente de uma participação de 40 por cento num campo da OGX, chamado Tubarão Martelo, por US$ 850 milhões, depende da reestruturação da dívida. A OGX afirmou que a Petronas não tinha direito para estabelecer tal condição.

A Mubadala está negociando a compra de alguns dos ativos de Batista, incluindo a OGX, por aproximadamente US$ 1 bilhão, informaram, em agosto, duas fontes com conhecimento direto do assunto.

Opção de venda por US$1 bilhão

As ações da OGX tiveram o acréscimo recorde de 73 por cento, na semana passada, para R$ 0,52 depois que a companhia disse que exerceu uma opção de venda por US$ 1 bilhão, consistindo na compra adiantada por parte de Batista por US$ 100 milhões em ações novas por R$ 6,3 reais cada – mais de dez vezes seu valor de mercado.

Batista concordou com a opção de venda no ano passado para garantir que a companhia contasse com suficiente caixa para expandir sua exploração no Brasil. O empresário não está em condições de cumprir o compromisso, disse Michael Wang, analista na IHS Herold em Norwalk, Connecticut.

“É falso, a menos que a OGX possa levar Batista à Justiça”, disse Wang por telefone. “Batista não tem US$ 1 bilhão para subscrever as ações”.

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São Paulo e Rio de Janeiro - A OGX Petróleo Gás Participações SA , de Eike Batista, está solicitando pelo menos US$ 250 milhões de capital fresco a um grupo de investidores no esforço de evitar a falência , afirmaram duas fontes com conhecimento direto do assunto.

A injeção de capital para a OGX faria parte de uma reestruturação na qual Batista solicitará aos detentores de títulos que convertam US$ 3,6 bilhões de dívida em ações da OGX, diluindo o papel do empresário na companhia, disseram as fontes, que pediram o anonimato, pois as discussões são privadas.

Os investidores, entre eles o fundo soberano de Abu Dhabi, a Petroliam Nasional Bhd, da Malásia, e empresas de aquisição serão convidados a participar no acréscimo de capital, que poderia alcançar US$ 500 milhões, de acordo com as fontes.

O ex-bilionário está tentando refinanciar e arrecadar capital depois que a produção da OGX colapsou no primeiro projeto da companhia, levando o Deutsche Bank AG a prever que a empresa ficaria sem dinheiro para o final deste trimestre. A maioria dos credores pensa que a OGX procuraria a proteção contra a falência, sem o swap de dívida e capital fresco, disseram as fontes.

“Se eu fosse um detentor de títulos, o que eu mais gostaria de ver é que um operador forte como a Petronas assumisse o controle da OGX”, disse Michael Roche, estrategista de mercados emergentes no Seaport Group LLC, em entrevista por telefone de Nova York, em 4 de setembro.

Batista planeja apresentar uma proposta formal sobre a reestruturação de dívida aos credores nesta semana e as negociações já estão em andamento, informaram as fontes.

A OGX, sediada no Rio de Janeiro, não quis fazer comentários sobre as negociações pela reestruturação da dívida em perguntas que lhe foram enviadas por e-mail.


Acordo com a Petronas

Um porta-voz do fundo de Abu Dhabi, Mubadala Development Co., não quis fazer comentários sobre as negociações. Azman Ibrahim, porta-voz da Petronas, não respondeu a um e-mail solicitando comentários.

A OGX perdeu 88 por cento do seu valor neste ano, até ontem, o que expulsou Batista do índice de bilionários da Bloomberg em julho.

Um comitê de detentores de títulos liderado pela Pacific Investment Management Co. e outros fundos internacionais representa os investidores em mais da metade da dívida pendente. Muitos detentores sinalizaram que eles poderiam aceitar uma conversão da dívida em capital desde que Batista ceda o controle da OGX, afirmou uma terceira fonte.

A Petronas disse, no mês passado, que sua compra pendente de uma participação de 40 por cento num campo da OGX, chamado Tubarão Martelo, por US$ 850 milhões, depende da reestruturação da dívida. A OGX afirmou que a Petronas não tinha direito para estabelecer tal condição.

A Mubadala está negociando a compra de alguns dos ativos de Batista, incluindo a OGX, por aproximadamente US$ 1 bilhão, informaram, em agosto, duas fontes com conhecimento direto do assunto.

Opção de venda por US$1 bilhão

As ações da OGX tiveram o acréscimo recorde de 73 por cento, na semana passada, para R$ 0,52 depois que a companhia disse que exerceu uma opção de venda por US$ 1 bilhão, consistindo na compra adiantada por parte de Batista por US$ 100 milhões em ações novas por R$ 6,3 reais cada – mais de dez vezes seu valor de mercado.

Batista concordou com a opção de venda no ano passado para garantir que a companhia contasse com suficiente caixa para expandir sua exploração no Brasil. O empresário não está em condições de cumprir o compromisso, disse Michael Wang, analista na IHS Herold em Norwalk, Connecticut.

“É falso, a menos que a OGX possa levar Batista à Justiça”, disse Wang por telefone. “Batista não tem US$ 1 bilhão para subscrever as ações”.

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