Dupla cria plano para faturar em prol de um mundo melhor
Dupla decidiu combinar fundo de private-equity que investe em energia limpa com empresa especializada em mercados ambientais
Da Redação
Publicado em 23 de março de 2015 às 22h01.
Nova York - Adam Wolfensohn e Jason Scott criaram um plano para investir dinheiro de famílias ricas e atacar alguns dos desafios mais complexos da sociedade enquanto pedalavam juntos todos os dias os 10 quilômetros entre suas casas, no Brooklyn, e seus escritórios, em Manhattan.
A dupla decidiu combinar o fundo de private-equity de Wolfensohn, que investe em energia limpa e em serviços financeiros em países em desenvolvimento, com a Eko Asset Management Partners de Scott, especializada em mercados ambientais como pesca sustentável e silvicultura.
A nova empresa, que começou as atividades hoje com o nome de Encourage Capital, espera atrair mais do que os US$ 250 milhões que eles levantaram separadamente nos últimos sete anos oferecendo um leque mais amplo de investimentos .
“São pessoas com habilidades de banqueiros de investimento que querem transformar o mundo em um lugar melhor”, disse Mark Tercek, CEO da Nature Conservancy, que foi executivo do Goldman Sachs Group Inc. durante 24 anos. “Eles estão em posição de tornar as coisas mais fáceis. Por Deus, acho que serão bem-sucedidos”.
As empresas estão se juntando em um momento em que as pessoas mais ricas do mundo têm mais de US$ 152 trilhões à disposição e um número pequeno, mas crescente, delas busca usar suas fortunas para erradicar doenças, tirar pessoas da pobreza ou combater a mudança climática -- e ao mesmo tempo lucrar --. O crescente interesse em investimentos de impacto também está aumentando a concorrência.
O número de gestores de ativos como a Encourage mais do que dobrou nos últimos seis anos, para 449, segundo a Cambridge Associates.
Investimento de impacto
A Wolfensohn Fund Management foi fundada pelo ex-presidente do Banco Mundial, James D. Wolfensohn, em 2008. Seu fundo principal investiu em energia renovável e em empresas de mercados emergentes, como a Ujjivan Financial Services, que oferece empréstimos a mulheres pobres na Índia.
A Eko, uma empresa de gestão e assessoria a investimentos, foi fundada em 2007 por Scott e Ricardo Bayon. A firma comprou créditos de carbono para a Califórnia e também recebeu subsídios para desenvolver estratégias de financiamento para conservação dos recursos da pesca na América Latina e nas Filipinas de organizações como a Fundação Rockefeller e a Bloomberg Philanthropies -- instituição de caridade de Michael Bloomberg, sócio-majoritário da Bloomberg LP, a empresa-mãe da Bloomberg News.
“Não se trata de dizer que seria bom resolver esses problemas”, disse Scott, 46, a respeito de assuntos como a pesca excessiva e a conservação do solo. “Temos que resolvê-los. Isso acabará resultando em mercados de capitais mais sustentáveis e de longo prazo”.
Levantando capital
Tercek, cuja organização Nature Conservancy tem um orçamento operacional de quase US$ 600 milhões, disse que as empresas de investimento de impacto estão ajudando as organizações sem fins lucrativos a levantar capital de forma eficiente.
No ano passado, a organização com sede em Arlington, Virgínia, colaborou com a Eko e com outras empresas, como o JPMorgan Chase Co., para dar início ao NatureVest. Por meio do programa, a Nature Conservancy adquiriu terras no estado de Washington e em Montana por US$ 134 milhões e realizou um investimento de US$ 7 milhões em acesso à cadeia de suprimentos para criadores de gado do Quênia.
Boa parte do dinheiro levantado veio de investidores dispostos a aceitar retornos sobre taxas mais baixas que as do mercado porque esperam um benefício ambiental, disse Tercek, que no Goldman ocupou cargos como o de chefe dos mercados de capitais e das unidades de finanças corporativas.
A Encourage Capital terá sede em Nova York. A empresa planeja manter os funcionários de ambas as empresas e buscar novas oportunidades de investimento, segundo um comunicado. Wolfensohn, 44, e Scott são sócios cogerentes da nova firma e Bayon é o diretor de impacto e inovação.
“Podemos construir uma gestão de ativos de classe mundial que tenha escala e seja impactante e rentável”, disse Wolfensohn em uma entrevista.
Nova York - Adam Wolfensohn e Jason Scott criaram um plano para investir dinheiro de famílias ricas e atacar alguns dos desafios mais complexos da sociedade enquanto pedalavam juntos todos os dias os 10 quilômetros entre suas casas, no Brooklyn, e seus escritórios, em Manhattan.
A dupla decidiu combinar o fundo de private-equity de Wolfensohn, que investe em energia limpa e em serviços financeiros em países em desenvolvimento, com a Eko Asset Management Partners de Scott, especializada em mercados ambientais como pesca sustentável e silvicultura.
A nova empresa, que começou as atividades hoje com o nome de Encourage Capital, espera atrair mais do que os US$ 250 milhões que eles levantaram separadamente nos últimos sete anos oferecendo um leque mais amplo de investimentos .
“São pessoas com habilidades de banqueiros de investimento que querem transformar o mundo em um lugar melhor”, disse Mark Tercek, CEO da Nature Conservancy, que foi executivo do Goldman Sachs Group Inc. durante 24 anos. “Eles estão em posição de tornar as coisas mais fáceis. Por Deus, acho que serão bem-sucedidos”.
As empresas estão se juntando em um momento em que as pessoas mais ricas do mundo têm mais de US$ 152 trilhões à disposição e um número pequeno, mas crescente, delas busca usar suas fortunas para erradicar doenças, tirar pessoas da pobreza ou combater a mudança climática -- e ao mesmo tempo lucrar --. O crescente interesse em investimentos de impacto também está aumentando a concorrência.
O número de gestores de ativos como a Encourage mais do que dobrou nos últimos seis anos, para 449, segundo a Cambridge Associates.
Investimento de impacto
A Wolfensohn Fund Management foi fundada pelo ex-presidente do Banco Mundial, James D. Wolfensohn, em 2008. Seu fundo principal investiu em energia renovável e em empresas de mercados emergentes, como a Ujjivan Financial Services, que oferece empréstimos a mulheres pobres na Índia.
A Eko, uma empresa de gestão e assessoria a investimentos, foi fundada em 2007 por Scott e Ricardo Bayon. A firma comprou créditos de carbono para a Califórnia e também recebeu subsídios para desenvolver estratégias de financiamento para conservação dos recursos da pesca na América Latina e nas Filipinas de organizações como a Fundação Rockefeller e a Bloomberg Philanthropies -- instituição de caridade de Michael Bloomberg, sócio-majoritário da Bloomberg LP, a empresa-mãe da Bloomberg News.
“Não se trata de dizer que seria bom resolver esses problemas”, disse Scott, 46, a respeito de assuntos como a pesca excessiva e a conservação do solo. “Temos que resolvê-los. Isso acabará resultando em mercados de capitais mais sustentáveis e de longo prazo”.
Levantando capital
Tercek, cuja organização Nature Conservancy tem um orçamento operacional de quase US$ 600 milhões, disse que as empresas de investimento de impacto estão ajudando as organizações sem fins lucrativos a levantar capital de forma eficiente.
No ano passado, a organização com sede em Arlington, Virgínia, colaborou com a Eko e com outras empresas, como o JPMorgan Chase Co., para dar início ao NatureVest. Por meio do programa, a Nature Conservancy adquiriu terras no estado de Washington e em Montana por US$ 134 milhões e realizou um investimento de US$ 7 milhões em acesso à cadeia de suprimentos para criadores de gado do Quênia.
Boa parte do dinheiro levantado veio de investidores dispostos a aceitar retornos sobre taxas mais baixas que as do mercado porque esperam um benefício ambiental, disse Tercek, que no Goldman ocupou cargos como o de chefe dos mercados de capitais e das unidades de finanças corporativas.
A Encourage Capital terá sede em Nova York. A empresa planeja manter os funcionários de ambas as empresas e buscar novas oportunidades de investimento, segundo um comunicado. Wolfensohn, 44, e Scott são sócios cogerentes da nova firma e Bayon é o diretor de impacto e inovação.
“Podemos construir uma gestão de ativos de classe mundial que tenha escala e seja impactante e rentável”, disse Wolfensohn em uma entrevista.