Dívida da Sabesp cai 1% e chega a R$ 11,62 bi no 2º trimestre
As dívidas externas chegaram a R$ 5,69 bilhões, alta de 2,1%,
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de agosto de 2017 às 14h35.
São Paulo - A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) encerrou o segundo trimestre de 2017 com dívidas de R$ 11,624 bilhões, montante 1% menor na comparação com o fim do primeiro trimestre de 2017.
As dívidas com agentes financeiros domésticos atingiram R$ 5,930 bilhões, queda de 3,8% na mesma base de comparação. A maior parte desse montante está concentrada em debêntures (R$ 3,054 bilhões), empréstimos da Caixa Econômica Federal (R$ 1,171 bilhão) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, (R$ 1,072 bilhão).
As dívidas externas chegaram a R$ 5,694 bilhões, alta de 2,1%, sendo que os principais agentes financeiros são o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o BID, (R$ 1,763 bilhão) e a Agência de Cooperação Internacional do Japão, a JICA, (R$ 1,713 bilhão).
Custos e despesas
Os custos, despesas administrativas e comerciais da Sabesp no segundo trimestre de 2017 totalizaram R$ 1,984 bilhão, com avanço de 14,2% em relação ao mesmo intervalo de 2016.
Ao incluir os custos de construção no cálculo, as despesas operacionais da Sabesp totalizaram R$ 2,748 bilhões, um crescimento de 5,1% na mesma base de comparação anual. No trimestre, a participação dos custos e despesas na receita líquida foi de 78,7%. Essa participação representava 76,1% em igual período do ano anterior.
Os custos da Sabesp foram afetados principalmente pelo aumento de R$ 76 milhões nas provisões para verbas rescisórias (TAC), decorrente principalmente do maior número de empregados aposentados no segundo trimestre, além do aumento de R$ 20,2 milhões, em sua maioria pela aplicação de 1% referente ao Plano de Cargos e Salários, desde dezembro de 2016, e pelo reajuste salarial de 3,71%, ocorrido em maio de 2017.
Volume faturado
O volume faturado de água e esgoto pela Sabesp totalizou 903,6 milhões de metros cúbicos (m3) no segundo trimestre de 2017, uma alta de 2,7% em relação ao mesmo período de 2016.
O volume de água faturado foi de 508,5 milhões de m3, alta de 2,9%, enquanto o volume faturado de esgoto foi de 395,1 milhões de m3, avanço de 2,4%, considerando a oscilação de ambos os indicadores na mesma base de comparação anual.
Por categoria de uso, o montante de água e esgoto faturado para o varejo teve alta de 1,8%, para 830,2 milhões de m3, enquanto o total faturado para o segmento atacado avançou 14%, para 73,4 milhões de m3.
Dentro do segmento varejo, a elevação no faturamento no volume de água e esgoto foi puxada pelo consumo residencial, com alta de 2,2%, seguido pelo segmento comercial (0,1%). Já no segmento industrial houve baixa de 2,2% e no público foi apurado recuo de 2%.
Na análise geográfica, o volume total de água e esgoto faturado pela Sabesp teve um crescimento de 2,2% na região metropolitana de São Paulo, para 541,9 milhões de m3, enquanto o litoral e o interior tiveram elevação de 1,1%, para 288,3 milhões de m3.