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Diretores da 123 Milhas são alvos de operação de busca e apreensão em Minas Gerais; entenda a crise

Investigação busca verificar eventual prática de lavagem de dinheiro e estelionato

SP - 123-MILHAS - GERAL - 123 Milhas - Aeroporto de Congonhas, localizado na Cidade de São Paulo nesta quarta (30). 30/08/2023 - Foto: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO (FUTURA PRESS/Estadão Conteúdo)
Daniel Giussani

Repórter de Negócios

Publicado em 1 de fevereiro de 2024 às 14h18.

Diretores da 123 Milhas e da MaxMilhas foram alvos de uma operação do Ministério Público de Minas Gerais com apoio da Polícia Civil mineira. Foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas físicas e jurídicas ligadas ao grupo econômico em Belo Horizonte.

Segundo o Ministério Público, “os mandados de busca e apreensão foram requeridos para apurar a prática de crimes de estelionato, por meio de associação criminosa, que causaram prejuízo a milhares de pessoas em todo o país”.

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A investigação busca, também, verificar a eventual prática de lavagem de dinheiro, mediante a utilização de estratégias financeiras e corporativas com o objetivo de dissimulação e ocultação de valores e bens.

Em nota, a 123 Milhas disse que "sempre se colocou à disposição das autoridades e forneceu documentos sobre suas operações. A empresa disponibilizou toda a sua documentação fiscal, assim como a de seus sócios, à Comissão Parlamentar de Inquérito das Pirâmides Financeiras. Os gestores da 123milhas estão, no momento, dedicados ao processo de recuperação judicial para quitar todos os débitos com os credores".

Continuou dizendo que "o Grupo 123milhas reafirma seus preceitos de responsabilidade e transparência com clientes, credores e autoridades e aguarda mais informações do Ministério Público para prestar os esclarecimentos necessários".

Qual a crise da 123 Milhas

A 123 Milhas entrou com pedido de recuperação judicial em agosto do ano passado, com um valor total da causa, alegado à época, de 2,3 bilhões de reais. No pedido de recuperação feito à Justiça, a defesa alega que a empresa está enfrentando a pior crise financeira desde sua fundação em 2016 "decorrente da cumulação de fatores internos e externos, que impuseram um aumento considerável de seus passivos nos últimos anos".

No mesmo mês, a agência de viagens suspendeu os pacotes com datas flexíveis e a emissão de passagens promocionais. A medida impactou as viagens já contratadas da linha "Promo", que têm datas flexíveis, com embarques previstos de setembro a dezembro do ano passado.

Na ocasião, a 123 Milhas falou que iria devolver integralmente os valores pagos pelos clientes, em vouchers acrescidos de correção monetária de 150% do CDI, acima da inflação e dos juros de mercado, para compra de quaisquer passagens, hotéis e pacotes na empresa.

No momento, porém, a recuperação judicial da 123 Milhas está suspensa, enquanto aguarda a definição de novos administradores judiciais e de laudos de duas empresas que estão no bolo. Saiba mais:

Acompanhe tudo sobre:Recuperação Judicial

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