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M. Dias Branco para oferta de ações por piora no mercado

SÃO PAULO (Reuters) - Os primeiros soluços no mercado financeiro de 2010 fizeram a empresa de alimentos M. Dias Branco pedir a paralisação da oferta de ações que estava em andamento na Bovespa. A maior fabricante de massas e biscoitos do Brasil e um dos principais processadores de trigo do país solicitou nesta quinta-feira à […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

SÃO PAULO (Reuters) - Os primeiros soluços no mercado financeiro de 2010 fizeram a empresa de alimentos M. Dias Branco pedir a paralisação da oferta de ações que estava em andamento na Bovespa.

A maior fabricante de massas e biscoitos do Brasil e um dos principais processadores de trigo do país solicitou nesta quinta-feira à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) interrupção por 60 dias da oferta secundária de ações da companhia, devido às "condições de mercado".

O mau humor nos mercados financeiros ganhou força na quarta-feira, com notícias de que a China iria agir para conter a expansão acelerada do crédito no país e a divulgação de indicadores da economia dos Estados Unidos que desapontaram.

Nesta quinta-feira, o plano anunciado pelo presidente dos EUA, Barack Obama, de reforçar o controle sobre o setor financeiro derrubou as bolsas de Nova York e, por tabela, o mercado acionário brasileiro.

O Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, acumula desvalorização de 3,4 por cento em 2009. Em relação ao pico de fechamento do ano, em 7 de janeiro, a queda é de quase 6 por cento.

A operação da M. Dias Branco já tinha calendário: o período de reserva começaria em 29 de janeiro e iria até 2 de fevereiro, com fixação do preço por ação no dia 4 do mesmo mês.

Há ainda outras ofertas de ações --entre primárias e secundárias-- com cronograma definido e com previsão de serem concluídas até 8 de fevereiro. São elas: Aliansce, Inpar, Metalfrio, Multiplus, PDG Realty e Banco Cruzeiro do Sul.

Juntas, essas seis operações devem ter giro de pouco menos de 5 bilhões de reais --com base nos preços médios no caso das companhias que farão ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês) e nos valores de fechamento desta quinta das ações das empresas que já são listadas.

Há ainda dois IPOs em análise na CVM, da BR Properties e da IMC, sem prazos conhecidos.

No caso da M. Dias Branco, a oferta secundária envolve 14,9 milhões de ações, ou cerca de 13 por cento do capital da M. Dias Branco, conforme o prospecto preliminar da operação. O acionista vendedor é o controlador da empresa, o fundo de participações Dibra.

De acordo com informações no site da Bovespa, o capital da M. Dias Branco é composto por 113,45 milhões de ações ordinárias. Cerca de 71 por cento do capital da companhia pertence ao fundo Dibra e o restante está nas mãos de outros acionistas.

À época do anúncio, a operação renderia ao Dibra ao redor de 600 milhões de reais, com base no valor de cerca de 40 reais por ação da M. Dias Branco. Nesta quinta, os papéis da empresa fecharam acima desse patamar, a 41,99 reais, em queda de 1,43 por cento no dia.

 

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