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"Deus me livre de me unir a outra rede", diz dono da Pague Menos sobre fusões

Para Francisco Deusmar de Queirós, fusões apenas cortaram a concorrência pela metade

Francisco Deusmar Queirós, dono da rede de farmácias Pague Menos: ficou mais fácil competir (Germano Lüders/EXAME.com)

Daniela Barbosa

Publicado em 31 de agosto de 2011 às 11h28.

São Paulo – Francisco Deusmar de Queirós, dono da Pague Menos, rede com sede no Ceará, não pretende engrossar a lista de fusões e aquisições no setor farmacêutico. “Deus me livre”, afirmou de bate-pronto a EXAME.com. Ele também prefere ver a criação de grandes redes pelo lado positivo: “Se antes brigávamos com quatro, agora vamos brigar com apenas com duas”.

Nesta terça-feira, a Drogaria São Paulo e a Drogaria Pacheco anunciaram fusão de suas operações e formaram a maior empresa varejista do setor no país, com faturamento estimado em  4,4 bilhões de reais. A notícia foi antecipada pelo blog Primeiro Lugar, de EXAME.com. No início do mês, a Drogasil e Droga Raia também uniram suas forças e, juntas, somam mais de 700 pontos de venda e 4,1 bilhões de reais em receita.

Confira, a seguir, como Queirós pretende reagir à consolidação do setor:

EXAME.com - Os movimentos recentes no setor farmacêutico aceleram os planos da Pague Menos?
Francisco Deusmar de Queirós –
De jeito nenhum. Tais anúncios já eram aguardados e não estamos preocupados com eles. Se antes competíamos com quatro redes, hoje são apenas duas bandeiras. Ficou mais fácil.

EXAME.com – Qual a vantagem da Pague Menos em relação às demais concorrentes?
Queirós –
Estamos em 26 estados do país. A abrangência geográfica está a nosso favor. As duas maiores têm presenças fortes no Sudeste e Sul do Brasil. Nós estamos em todo o território nacional e principalmente no Nordeste.

EXAME.com – Qual é a participação de mercado da Pague Menos hoje, depois das duas fusões anunciadas.
Queirós –
Estamos com mais de 6% de participação no mercado farmacêutico. A Raia e a Drogasil têm 8% e a Drogaria São Paulo e Pacheco também têm 8%. Não tenho com o que se preocupar.

EXAME.com – Para crescer, a Pague Menos cogita aquisições?
Queirós –
Deus me livre. Não quero me unir a ninguém. Eu namorei sete anos antes de casar. Prefiro abrir 100 farmácias por ano a juntar operações da minha rede com outra sem conhecer. Nosso objetivo é crescer organicamente. Sempre foi.

EXAME.com – Como está o processo de abertura de capital da Pague Menos?
Queirós –
Está parado. Já preparamos o processo, mas no momento ninguém está comprando. Vamos aguardar as coisas melhorarem.

EXAME .com – Existe algum prazo para que isso ocorra?
Queirós –
Estimamos que até o final deste ano, ou, mais tardar, início de 2012.

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São Paulo – Francisco Deusmar de Queirós, dono da Pague Menos, rede com sede no Ceará, não pretende engrossar a lista de fusões e aquisições no setor farmacêutico. “Deus me livre”, afirmou de bate-pronto a EXAME.com. Ele também prefere ver a criação de grandes redes pelo lado positivo: “Se antes brigávamos com quatro, agora vamos brigar com apenas com duas”.

Nesta terça-feira, a Drogaria São Paulo e a Drogaria Pacheco anunciaram fusão de suas operações e formaram a maior empresa varejista do setor no país, com faturamento estimado em  4,4 bilhões de reais. A notícia foi antecipada pelo blog Primeiro Lugar, de EXAME.com. No início do mês, a Drogasil e Droga Raia também uniram suas forças e, juntas, somam mais de 700 pontos de venda e 4,1 bilhões de reais em receita.

Confira, a seguir, como Queirós pretende reagir à consolidação do setor:

EXAME.com - Os movimentos recentes no setor farmacêutico aceleram os planos da Pague Menos?
Francisco Deusmar de Queirós –
De jeito nenhum. Tais anúncios já eram aguardados e não estamos preocupados com eles. Se antes competíamos com quatro redes, hoje são apenas duas bandeiras. Ficou mais fácil.

EXAME.com – Qual a vantagem da Pague Menos em relação às demais concorrentes?
Queirós –
Estamos em 26 estados do país. A abrangência geográfica está a nosso favor. As duas maiores têm presenças fortes no Sudeste e Sul do Brasil. Nós estamos em todo o território nacional e principalmente no Nordeste.

EXAME.com – Qual é a participação de mercado da Pague Menos hoje, depois das duas fusões anunciadas.
Queirós –
Estamos com mais de 6% de participação no mercado farmacêutico. A Raia e a Drogasil têm 8% e a Drogaria São Paulo e Pacheco também têm 8%. Não tenho com o que se preocupar.

EXAME.com – Para crescer, a Pague Menos cogita aquisições?
Queirós –
Deus me livre. Não quero me unir a ninguém. Eu namorei sete anos antes de casar. Prefiro abrir 100 farmácias por ano a juntar operações da minha rede com outra sem conhecer. Nosso objetivo é crescer organicamente. Sempre foi.

EXAME.com – Como está o processo de abertura de capital da Pague Menos?
Queirós –
Está parado. Já preparamos o processo, mas no momento ninguém está comprando. Vamos aguardar as coisas melhorarem.

EXAME .com – Existe algum prazo para que isso ocorra?
Queirós –
Estimamos que até o final deste ano, ou, mais tardar, início de 2012.

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