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Depois da GM, agora é a Chrysler que enfrenta risco de greve nos EUA

Sindicato responsável pela greve na General Motors determinou que se as negociações por um novo contrato não avançarem até esta quarta-feira, os empregados da montadora vão parar

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

Pouco mais de duas semanas após a greve nacional que paralisou 59 plantas da General Motors (GM), nos Estados Unidos, o risco de interrupção no trabalho dos operários fica cada vez mais próximo para a Chrysler LLC, uma das três grandes montadoras de carros no país, ao lado da GM e da Ford, como relata a edição online do jornal nova-iorquino Wall Street Journal, nesta segunda-feira (08/10)

O sindicato responsável pela negociação do novo contrato quadrienal entre trabalhadores e empresa, o United Auto Workers (UAW), estabeleceu nesse domingo (07/10) um prazo para que as negociações cheguem a um ponto aceitável, por parte dos empregados da Chrysler. Caso instituição e empresa não cheguem a um consenso até as 11h desta quarta-feira (10/10), os associados do sindicato entrarão em greve.

A estratégia de negociação é a mesma que o UAW utilizou na conversa com a GM e que de fato acabou se concretizando numa greve de dois dias, em 24 e 25 de setembro deste ano. O sindicato esperava que o acordo fechado com a General Motors estabelecesse um padrão para as outras duas grandes montadoras, mas tem esbarrado na resistência da Chrysler em aceitar um acordo sem concessões significativas dos trabalhadores - a principal delas é a transferência para o sindicato de uma parte maior dos custos de planos de saúde para aposentados, justamente o aspecto principal no acordo anterior com a GM.

Esta última montadora pôs fim à greve em suas unidades ao aceitar um acordo pelo qual repassava a um fundo independente as obrigações com cobertura médica de 340 mil trabalhadores e aposentados, com custo estimado em 51 bilhões de dólares.  

Segundo o WSJ, o anúncio do UAW de um prazo para greve indica que os sindicalistas estão confiantes na chance de ter sua proposta de acordo aceita. Uma porta-voz da Chrysler, empresa controlada pelo Cerberus Capital Management, também afirmou ao jornal estar "otimista quanto à chance de chegar a um acordo que beneficie as duas partes".

De qualquer forma, a empresa conta com um fator que ameniza o impacto das paralisações. Seis das suas plantas nos Estados Unidos já estão ociosas, por causa do ritmo lento da demanda no mercado interno.

O número de trabalhadores da Chrysler associados ao UAW era de 49 mil pessoas, até 31 de março, quando foi feito último levantamento. Desde então, o número deve ter se reduzido por causa dos pacotes de aposentadoria antecipada, oferecidos como parte do plano de reestruturação da companhia.

 

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