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David Barioni Neto assume presidência da TAM

Marco Bologna passa ao conselho da holding TAM Empreendimentos e Participações

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 19h10.

Pouco mais de dois meses após trocar a Gol pela vice-presidência de Operações da TAM, o executivo David Barioni Neto acaba de ganhar mais espaço na companhia. Nesta quarta-feira (28/11), ele foi nomeado o novo presidente executivo da TAM, em substituição a Marco Bologna, que passará ao conselho da holding TAM Empreendimentos e Participações.

Barioni era um dos homens de confiança do presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, e o principal responsável por administrar a crise desencadeada pela queda do Boeing 737-800 da Gol, em setembro de 2006. Contratado pela TAM em setembro deste ano, o executivo passou a comandar todas as atividades de operações de vôo exercidas por comandantes, co-pilotos e comissários da TAM. A contratação foi uma das medidas para conter a crise gerada pela queda do Airbus da companhia, em julho, no aeroporto de Congonhas. A tragédia entrou para a história como o pior acidente aéreo do país.

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O acidente aumentou ainda mais a pressão sobre o ex-presidente da TAM, Marco Bologna, que já vinha recebendo críticas do mercado e dos acionistas por não encontrar uma nova identidade para a companhia, a fim de diferenciá-la no setor. Maior empresa aérea do país, a TAM vinha tentando recuperar os valores deixados por seu fundador, o comandante Rolim Adolfo Amaro. Bologna costumava afirmar que a aérea passava por um processo de "rolinização", ou seja, o retorno à sofisticação do serviço de bordo e o envolvimento dos funcionários em sua gestão.

Desde a queda do Airbus, há quatro meses, porém, o executivo tornou-se um dos mais hostilizados do Brasil. Bologna foi pressionado por todos os lados. Acionistas e conselheiros cobravam que assumisse uma postura mais ativa, defendendo a companhia dos ataques. Já o governo esperava que Bologna assumisse sozinho a culpa pela queda da aeronave, o que livraria Brasília de qualquer crítica. Os parentes das vítimas queixavam-se da morosidade das indenizações. E os funcionários esperavam uma redução da jornada de trabalho, considerada perigosa sobretudo pelos pilotos e comissários de bordo.

Barioni foi contratado pela TAM com a ajuda da consultoria americana Spencer Stuart. Desde a sua chegada, membros do conselho de administração o viam como um possível sucessor de Bologna. Os outros candidato eram Líbano Barroso, vice-presidente financeiro, e Wagner Ferreira, vice-presidente comercial.

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