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Das dez maiores agências no Brasil, só a África é brasileira

DPZ foi comprada hoje pelo francês Publicis Groupe

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2011 às 14h07.

São Paulo – A aquisição da agência brasileira DPZ pelo francês Publicis Groupe, anunciada hoje (11/7), é mais o mais recente exemplo do apetite com que os grupos estrangeiros estão avançando nesse mercado. Dentre as dez maiores agências no Brasil, resta apenas uma nacional: a África, criada por Nizan Guanaes.

Essa internacionalização começou na década de 90, quando o Brasil contava com uma forte presença de empresas nacionais nesse setor, segundo Emmanuel Públio Dias, vice-presidente corporativo da ESPM. “Das 20 maiores agências brasileiras nos anos 80, entre 12 e 15 eram nacionais”, disse. Mas, já naquela época, isso era uma exceção na América Latina.

Em 2005, entre as 10 maiores agências que operavam por aqui, também só havia uma totalmente brasileira, a Lew Lara. Em 2007, porém, ela se associou à TBWA. Dois anos antes, além da Lew Lara, havia a Newcommbates, do publicitário Roberto Justus, que era a líder, mas que, em 2004, se uniu à holding britânica WPP. “Essa internacionalização é natural”, disse Dias.

Em abril de 2010, a agência brasileira W/, do badalado publicitário Washington Olivetto, juntou-se à McCann-Erickson. A fusão foi uma estratégia de crescimento da McCann no Brasil. "A internacionalidade da McCann é boa pra mim, minha brasilidade é boa para a McCann", afirmou Olivetto, na época do acordo.

Rede de contatos

Não existe publicidade de ponta que, de alguma forma, não esteja ligada às grandes redes internacionais, segundo Dias.  A DPZ era uma exceção. “O que espanta é ter demorado tanto tempo para ser vendida”, disse.

“Não se pode escrever a história da propaganda brasileira sem se falar da DPZ”, segundo Dias. A DPZ ocupa, atualmente, o 21° lugar no ranking do Ibope das maiores agências de publicidade no Brasil, mas já havia ficado entre os cinco primeiros colocados nos anos 80, quando dentre as dez primeiras, sete eram brasileiras, segundo Dias.

O Publicis Groupe, citando pesquisa ZenithOptimedia, acredita que o mercado brasileiro vai crescer 9,5% em 2011 em relação ao ano anterior – e tornar-se o sexto maior mercado de publicidade no mundo.

O francês Publicis Groupe adquiriu 70% da DPZ e tem a opção de aumentar sua fatia para 100%. Nenhum detalhe financeiro sobre o negócio foi fornecido. A DPZ possui 230 funcionários e deverá ter receita de 40 milhões de euros neste ano, segundo a Publicis. Essa é a quarta transação do Publicis Groupe no Brasil em 2011 – as outras foram a compra da Tailor Made e da GP7 e o aumento de participação na Talent Group.


Veja o ranking das dez maiores agências publicitárias brasileiras - o ranking, elaborado pelo Ibope, considera os dados entre 01 de janeiro e 30 de abril de 2011.

PosiçãoAgênciaInvestimento (R$)
1Y & R 1.746.107
2EURO RSCG BRASIL 803.848
3ALMAP BBDO 800.163
4OGILVY E MATHER BRASIL 715.836
5WMCCANN 673.453
6JWT 634.520
7BORGHIERH LOWE 609.479
8NEOGAMA523.669
9AFRICA 511.366
10F NAZCA S & S502.972

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São Paulo – A aquisição da agência brasileira DPZ pelo francês Publicis Groupe, anunciada hoje (11/7), é mais o mais recente exemplo do apetite com que os grupos estrangeiros estão avançando nesse mercado. Dentre as dez maiores agências no Brasil, resta apenas uma nacional: a África, criada por Nizan Guanaes.

Essa internacionalização começou na década de 90, quando o Brasil contava com uma forte presença de empresas nacionais nesse setor, segundo Emmanuel Públio Dias, vice-presidente corporativo da ESPM. “Das 20 maiores agências brasileiras nos anos 80, entre 12 e 15 eram nacionais”, disse. Mas, já naquela época, isso era uma exceção na América Latina.

Em 2005, entre as 10 maiores agências que operavam por aqui, também só havia uma totalmente brasileira, a Lew Lara. Em 2007, porém, ela se associou à TBWA. Dois anos antes, além da Lew Lara, havia a Newcommbates, do publicitário Roberto Justus, que era a líder, mas que, em 2004, se uniu à holding britânica WPP. “Essa internacionalização é natural”, disse Dias.

Em abril de 2010, a agência brasileira W/, do badalado publicitário Washington Olivetto, juntou-se à McCann-Erickson. A fusão foi uma estratégia de crescimento da McCann no Brasil. "A internacionalidade da McCann é boa pra mim, minha brasilidade é boa para a McCann", afirmou Olivetto, na época do acordo.

Rede de contatos

Não existe publicidade de ponta que, de alguma forma, não esteja ligada às grandes redes internacionais, segundo Dias.  A DPZ era uma exceção. “O que espanta é ter demorado tanto tempo para ser vendida”, disse.

“Não se pode escrever a história da propaganda brasileira sem se falar da DPZ”, segundo Dias. A DPZ ocupa, atualmente, o 21° lugar no ranking do Ibope das maiores agências de publicidade no Brasil, mas já havia ficado entre os cinco primeiros colocados nos anos 80, quando dentre as dez primeiras, sete eram brasileiras, segundo Dias.

O Publicis Groupe, citando pesquisa ZenithOptimedia, acredita que o mercado brasileiro vai crescer 9,5% em 2011 em relação ao ano anterior – e tornar-se o sexto maior mercado de publicidade no mundo.

O francês Publicis Groupe adquiriu 70% da DPZ e tem a opção de aumentar sua fatia para 100%. Nenhum detalhe financeiro sobre o negócio foi fornecido. A DPZ possui 230 funcionários e deverá ter receita de 40 milhões de euros neste ano, segundo a Publicis. Essa é a quarta transação do Publicis Groupe no Brasil em 2011 – as outras foram a compra da Tailor Made e da GP7 e o aumento de participação na Talent Group.


Veja o ranking das dez maiores agências publicitárias brasileiras - o ranking, elaborado pelo Ibope, considera os dados entre 01 de janeiro e 30 de abril de 2011.

PosiçãoAgênciaInvestimento (R$)
1Y & R 1.746.107
2EURO RSCG BRASIL 803.848
3ALMAP BBDO 800.163
4OGILVY E MATHER BRASIL 715.836
5WMCCANN 673.453
6JWT 634.520
7BORGHIERH LOWE 609.479
8NEOGAMA523.669
9AFRICA 511.366
10F NAZCA S & S502.972
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