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Crise eleva prejuízo da Varig em 1600%, para 1,477 bilhão de reais

Aumento do combustível e menor oferta de vôos foram alguns dos motivos citados pela companhia. Patrimônio líquido está negativo em 7,9 bilhões de reais

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

A crise em que se debate a Varig ganhou novos números nesta sexta-feira (12/5). A companhia divulgou os resultados financeiros do ano passado e o que se viu foi um salto de 1 600% em seu prejuízo líquido, que passou de 87,167 milhões de reais para 1,477 bilhão. Para piorar, o montante de suas dívidas supera seus ativos em 7,921 bilhões de reais - o chamado patrimônio líquido negativo. Quando se descontam desta cifra os créditos tributários que a companhia pleiteia, no valor de 7,031 bilhões de reais, o passivo descoberto cai para 890 milhões.

Segundo o relatório da administração, divulgado junto com os resultados, o desempenho da empresa foi prejudicado pela deterioração de sua crise financeira, que a levou a reduzir a oferta de rotas devido às aeronaves paradas por falta de manutenção. A frota somada da Varig e de suas controladas Rio Sul e Nordeste fechou 2005 com 79 aviões, contra 85 em 2004. A redução também foi sentida no número de aparelhos em condições de vôo, que caiu de 77 para 66 na mesma comparação. Ou, em porcentagens, as aeronaves operacionais representavam 83,5% da frota no ano passado, contra 90,5% em 2004.

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O menor número de vôos acarretou uma queda da receita líquida. Se considerada apenas a Varig, o faturamento desceu de 7,476 bilhões de reais para 6,644 bilhões. Já a receita líquida consolidada baixou de 7,659 bilhões para 6,708 bilhões. A companhia também destacou o impacto negativo da valorização do real sobre a receita gerada pelos vôos internacionais.

Outro motivo para a piora dos resultados financeiros foi o aumento do querosene de aviação. As despesas consolidadas deste item subiram 11,3%, para 2,146 bilhões de reais. Com isso, essa rubrica passou a representar 40% do custo total da companhia, contra 36% no ano retrasado.

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