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Crise abre caminho para mais privatizações, diz CPFL

Entre os ativos que poderiam ir a mercado dentro dessa lógica estariam distribuidoras de energia que terão a concessão renovada neste ano

Funcionários da CPFL: empresa está atenta a esse cenário (Alexandre Battibugli)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2015 às 13h13.

São Paulo - A atual crise econômica do país e seus efeitos sobre o caixa da União, de Estados e municípios abrem caminho para um novo processo de privatização no setor elétrico , afirmou nesta sexta-feira o presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Jr, em teleconferência de resultados com analistas.

Entre os ativos que poderiam ir a mercado dentro dessa lógica estariam distribuidoras de energia que terão a concessão renovada neste ano, como as estaduais CEEE e CEB, que atendem Rio Grande do Sul e Brasília, e as da Eletrobras, que a holding já declarou que pretende vender, a começar pela Celg, de Goiás.

"Não tenho dúvida de que alguns Estados, tendo renovado suas concessões, devem considerar a possibilidade de privatizações... o Estado pode ter uma solução de curto prazo, de caixa, e também a melhora de performance dessas empresas permite arrecadar mais imposto", afirmou Ferreira.

A venda de empresas pela Eletrobras e a realização, pelo governo federal, de um leilão da concessão de 29 hidrelétricas, agendado para 25 de novembro, também são vistas pelo executivo da CPFL como um sinal de que privatização "não é mais uma palavra proibida".

A desvalorização do real frente ao dólar, inclusive, deverá aumentar a atratividade dos ativos brasileiros para investidores estrangeiros, o que deverá aumentar o número de interessados em eventuais processos de venda de estatais, na avaliação de Ferreira.

CPFL se prepara para compras

A CPFL está atenta a esse cenário e buscará oportunidades, mas mantendo uma disciplina financeira para evitar que seu nível de alavancagem ultrapasse um limite de 3,5 vezes a relação entre dívida líquida e Ebitda. A relação estava em 3,46 vezes no final do terceiro trimestre.

"Vamos ser prudentes... mas a gente pode, sim, ser considerado um dos players que vai ter oportunidades de criação de valor e crescimento no ano que vem", disse Ferreira.

A expectativa da holding é que a alavancagem comece a cair a partir do ano que vem, uma vez que um acordo proposto pelo governo federal para compensar parcialmente as hidrelétricas por perdas devida à seca deverá melhorar os resultados de 2015.

Além disso, os próximos reajustes tarifários das distribuidoras da CPFL permitirão que a empresa comece a reduzir a atual defasagem entre as tarifas e custos enfrentada nessas subsidiárias, projetou o executivo.

"Estamos sempre avaliando (oportunidades de aquisição) nas linhas de negócio em que estamos-- distribuição e geração, notadamente renovável... mas que sejam viabilizadas dentro de limites de alavancagem menores que 3,5 vezes (dívida líquida x Ebitda). A tarefa da companhia é operar próximo de 3 vezes", disse Ferreira.

O executivo destacou que a CPFL poderia buscar comprar companhias desalavancadas, "o que cria valor para a empresa".

Quando questionado por uma analista, também não descartou vender alguns ativos menores para fazer caixa, caso necessário.

Nas aquisições, a prioridade da CPFL é efetuar os negócios por meio de parcerias, como estratégia de compartilhamento de risco.

"Não temos nenhum tipo de preconceito em relação a isso. Temos parceiros autoprodutores, estatais estaduais, estatais federais", disse Ferreira.

Na mira da CPFL estão, principalmente, distribuidoras de pequeno e médio porte que ficam próximas às áreas de concessão das empresas do grupo.

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São Paulo - A atual crise econômica do país e seus efeitos sobre o caixa da União, de Estados e municípios abrem caminho para um novo processo de privatização no setor elétrico , afirmou nesta sexta-feira o presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Jr, em teleconferência de resultados com analistas.

Entre os ativos que poderiam ir a mercado dentro dessa lógica estariam distribuidoras de energia que terão a concessão renovada neste ano, como as estaduais CEEE e CEB, que atendem Rio Grande do Sul e Brasília, e as da Eletrobras, que a holding já declarou que pretende vender, a começar pela Celg, de Goiás.

"Não tenho dúvida de que alguns Estados, tendo renovado suas concessões, devem considerar a possibilidade de privatizações... o Estado pode ter uma solução de curto prazo, de caixa, e também a melhora de performance dessas empresas permite arrecadar mais imposto", afirmou Ferreira.

A venda de empresas pela Eletrobras e a realização, pelo governo federal, de um leilão da concessão de 29 hidrelétricas, agendado para 25 de novembro, também são vistas pelo executivo da CPFL como um sinal de que privatização "não é mais uma palavra proibida".

A desvalorização do real frente ao dólar, inclusive, deverá aumentar a atratividade dos ativos brasileiros para investidores estrangeiros, o que deverá aumentar o número de interessados em eventuais processos de venda de estatais, na avaliação de Ferreira.

CPFL se prepara para compras

A CPFL está atenta a esse cenário e buscará oportunidades, mas mantendo uma disciplina financeira para evitar que seu nível de alavancagem ultrapasse um limite de 3,5 vezes a relação entre dívida líquida e Ebitda. A relação estava em 3,46 vezes no final do terceiro trimestre.

"Vamos ser prudentes... mas a gente pode, sim, ser considerado um dos players que vai ter oportunidades de criação de valor e crescimento no ano que vem", disse Ferreira.

A expectativa da holding é que a alavancagem comece a cair a partir do ano que vem, uma vez que um acordo proposto pelo governo federal para compensar parcialmente as hidrelétricas por perdas devida à seca deverá melhorar os resultados de 2015.

Além disso, os próximos reajustes tarifários das distribuidoras da CPFL permitirão que a empresa comece a reduzir a atual defasagem entre as tarifas e custos enfrentada nessas subsidiárias, projetou o executivo.

"Estamos sempre avaliando (oportunidades de aquisição) nas linhas de negócio em que estamos-- distribuição e geração, notadamente renovável... mas que sejam viabilizadas dentro de limites de alavancagem menores que 3,5 vezes (dívida líquida x Ebitda). A tarefa da companhia é operar próximo de 3 vezes", disse Ferreira.

O executivo destacou que a CPFL poderia buscar comprar companhias desalavancadas, "o que cria valor para a empresa".

Quando questionado por uma analista, também não descartou vender alguns ativos menores para fazer caixa, caso necessário.

Nas aquisições, a prioridade da CPFL é efetuar os negócios por meio de parcerias, como estratégia de compartilhamento de risco.

"Não temos nenhum tipo de preconceito em relação a isso. Temos parceiros autoprodutores, estatais estaduais, estatais federais", disse Ferreira.

Na mira da CPFL estão, principalmente, distribuidoras de pequeno e médio porte que ficam próximas às áreas de concessão das empresas do grupo.

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