Credit Suisse anuncia escritório no Nordeste
O banco prevê que o PIB do Brasil crescerá 4% em 2013; sua expectativa para a economia mexicana é uma expansão de 3% neste ano e de 4,1% em 2014
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2013 às 17h12.
São Paulo - O presidente do Credit Suisse no Brasil, José Olympio Pereira, disse que o banco vai abrir um escritório no Nordeste do Brasil, que atualmente responde por 13,5% do PIB do País. Segundo ele, o Nordeste poderá representar 25% da economia brasileira dentro de dez anos.
"O Nordeste é a China do Brasil. O ritmo forte de crescimento cria oportunidades e há muitas empresas no Nordeste que precisam de capital de longo prazo", afirmou Pereira. Segundo a Ceplan Consultoria Econômica e Planejamento, a região Nordeste teve um crescimento econômico de 3,4% em 2011 (últimos dados disponíveis); o PIB do Brasil, por sua vez, cresceu 2,7% em 2011 e 0,9% em 2012.
Pereira disse que o Credit Suisse está relativamente otimista em relação ao Brasil e deverá mudar a posição do país em detrimento do México, que no ano passado se tornou a preferência de muitos investidores na América Latina. Segundo ele, as ações brasileiras poderão ter um desempenho melhor do que as mexicanas neste ano, revertendo a tendência do ano passado.
"É uma questão de preço. O Brasil ficou para trás", disse Emerson Leite, diretor-executivo para ações latino-americanas do Credit Suisse.
Na semana passada, o banco atribuiu uma classificação "overweight" (acima da média do mercado) para as ações brasileiras e "underweight" (abaixo da média) para as do México. O Credit Suisse rebaixou sua expectativa para o nível do índice Ibovespa para o fim deste ano de 70 mil pontos para 67 mil pontos, mantendo a do Mexbol inalterada em 46 mil. "Apesar dessa mudança, ainda acreditamos que o Brasil tem o dobro de potencial do México", dizia o relatório.
O banco prevê que o PIB do Brasil crescerá 4% em 2013; sua expectativa para a economia mexicana é uma expansão de 3% neste ano e de 4,1% em 2014.
Pereira disse que os investidores internacionais estão mais abertos a investir em setores menos regulamentados. No que se refere ao Brasil, eles são "abertos, mas seletivos", acrescentou, prevendo que o fluxo de investimento externo no Brasil vai se recuperar gradualmente. As informações são da Dow Jones.