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Credicard espera mercado de cartões de crédito 17% maior em 2004

O brasileiro comprou mais com cartão de crédito em 2003, e os gastos com o dinheiro de plástico devem aumentar ainda mais em 2004. Segundo estudo divulgado pela Credicard nesta terça-feira (3/2), as compras com cartão cresceram 19,4%, totalizando 82,7 bilhões de reais no ano passado. Em 2004, há a expectativa de o mercado crescer […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 13h16.

O brasileiro comprou mais com cartão de crédito em 2003, e os gastos com o dinheiro de plástico devem aumentar ainda mais em 2004. Segundo estudo divulgado pela Credicard nesta terça-feira (3/2), as compras com cartão cresceram 19,4%, totalizando 82,7 bilhões de reais no ano passado. Em 2004, há a expectativa de o mercado crescer 17% com o aumento contínuo da substituição do cheque.

Segundo o presidente do Grupo Credicard, Roberto Lima, a redução do valor médio de cada compra (o chamado tíquete médio) deve ser considerado um indicador positivo para o mercado. No mês passado, ele foi de 79 reais. Para fevereiro, o mercado projeta um valor médio de 77 reais. Isso mostra que o consumidor está usando o cartão para comprar revistas, para ir à padaria, ou seja, para fazer pequenas compras, disse Lima.

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Em 2003, o mercado registrou, pela primeira vez, mais de 1 bilhão de transações. Com o aumento mensal de 10 mil empresas filiadas, a Credicard espera aumentar o percentual de participação dos cartões no consumo privado (de pessoa física e empresas) que, no Brasil, é de 9,1% e, nos Estados Unidos, é de 20%.

Além da substituição dos meios de pagamento e da pulverização do uso do cartão de crédito, o lançamento de produtos novos pelos diferentes concorrentes e as campanhas de marketing contribuíram para o crescimento do volume transacionado de 2003, segundo o presidente da Credicard. Lima adianta que, nos próximos meses, o grupo lançará um novo cartão criado juntamente à TAM. Dois outros produtos também serão lançados ainda no primeiro semestre, afirma.

Credicard vai se tornar banco
No segundo semestre, a Credicard planeja concluir o projeto de conversão para instituição financeira. Segundo Lima, a aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN) e o decreto presidencial (necessário em razão de o grupo ter um acionista estrangeiro) já foram concedidos.

Apesar de deixar ser uma administradora e se transformar em um banco, a Credicard vai manter o foco no mercado de cartão de crédito, não vai abrir rede de agências nem vender cartões de débito, os quais dependem de conta corrente. Vamos utilizar a estrutura de atendimento já existente, disse Lima, sem querer adiantar as novas parcerias com empresas de call center e de caixas eletrônicos que devem vir a ocorrer.

Como banco, a Credicard buscará aumentar a participação do cartão como instrumento de crédito, oferecendo produtos de crédito pessoal para os clientes do grupo, além de seguros e títulos de capitalização de outras empresas.

Além das vantagens operacionais, como a possibilidade de fazer captações diretamente no mercado financeiro sem a necessidade de ter um banco como intermediário, a transformação da Credicard em banco protegerá um dos calcanhares de Aquiles da indústria do cartão de crédito: os processos baseados no Direito do Consumidor. As reclamações judiciais quanto à taxa de juros, entre outros assuntos, representam cerca de 0,5% da base de clientes na Credicard, a base é de 5 milhões de portadores. É um número percentual baixo, mas acompanhar 25 mil ações é complicado, diz o presidente do grupo.

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