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CPFL quer investir R$ 1 bi na AES Sul para modernização de rede

O grupo pretende que todos os processos e sistemas da distribuidora gaúcha sejam gradativamente migrados para os padrões do Grupo CPFL

CPFL: o investimento tem como objetivo dar continuidade ao processo de melhoria dos indicadores operacionais da concessionária (foto/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de outubro de 2016 às 21h45.

São Paulo - O Grupo CPFL planeja investir cerca de R$ 1 bilhão na modernização da rede elétrica da recém-adquirida AES Sul, que passará a se chamar RGE Sul - ao longo dos próximos anos, afirmou a companhia em comunicado à imprensa.

O investimento, explicou a empresa, tem como objetivo dar continuidade ao processo de melhoria dos indicadores operacionais da concessionária.

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O grupo pretende que todos os processos e sistemas operacionais, comerciais e corporativos da distribuidora gaúcha sejam gradativamente migrados para os padrões do Grupo CPFL, adotados por suas oito distribuidoras, no médio prazo.

"Essa é uma das vantagens do Grupo ao possuir uma plataforma 'plug-n-play', que permite incorporar novos ativos de maneira acelerada. Isso possibilita a captura de sinergias na área de TI, serviços compartilhados, suprimentos, serviços operacionais e comerciais, entre outros", diz o presidente da CPFL, André Dorf, em nota, na qual não há detalhes sobre potenciais ganhos de sinergia.

A companhia diz, apenas, que "em termos financeiros, a operação amplia a robustez e a capacidade de geração de caixa do grupo". Considerando os dados de balanço de 2015, a CPFL alcança um faturamento líquido que supera os R$ 22,1 bilhões, se incluídos os números da AES Sul, ante os R$ 19,15 bilhões efetivamente registrados. Já o Ebitda passa de R$ 3,75 bilhões para R$ 4 bilhões, e o lucro líquido, de R$ 875 milhões para R$ 870 milhões.

Já do ponto de vista operacional, a incorporação da AES Sul à base de distribuição da CPFL leva o número de clientes do grupo a 9,1 milhões, ante os 7,8 milhões anteriores, enquanto os municípios atendidos pelas concessionárias da companhia aumentam de 561 para 679.

Já o volume de energia faturada, com base em dados de 2015, cresce de 58 mil GWh para 67 mil GWh. Com isso, a participação de mercado da CPFL no segmento de distribuição chega a 14,3%, ante os anteriores e 12,4%.

A compra da AES Sul pela CPFL Energia foi concluída nesta segunda-feira, 31. Com isso, o grupo paulista assumiu a operação da concessionária gaúcha, ampliando a presença da CPFL no Rio Grande do Sul, onde já atuava por meio da RGE.

Agora a CPFL passa a ser responsável pelo fornecimento de 65% da energia do Estado, atendendo 2,7 milhões de cliente, em 373 cidades.

"A compra da AES Sul mostra a disposição da CPFL Energia em liderar o movimento de consolidação do setor elétrico, com foco na excelência operacional, na disciplina de capital, na gestão eficiente de custos e na criação de valor para os stakeholders", declara Dorf.

Pelos termos da operação, a CPFL Energia irá pagar R$ 1,7 bilhão à The AES Corp. pela compra da AES Sul e assumirá R$ 1,1 bilhão em dívidas da concessionária, de modo que o valor final do negócio é de R$ 2,8 bilhões.

A CPFL informou que já negociou com instituições financeiras a captação de recursos para financiar a aquisição, mas não detalhou a estrutura da operação.

Disse apenas que os recursos obtidos serão complementados com o dinheiro em caixa da companhia. "A aquisição não irá implicar quebra dos limites de alavancagem financeira do grupo."

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